Filosofia, perguntado por Abreutamires, 1 ano atrás

concepção marxista e concepção liberal sobre estado e sociedade civil.

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Respondido por mauracoelho2010
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Marx incorpora criticamente a concepção hegeliana do Estado, considerando como positiva a separação feita por Hegel entre “sociedade civil” e “Estado político”, como duas esferas distintas, separadas e em contradição. Marx considera ser esta separação a responsável pela alienação política do homem moderno. (...) o que Marx reprova em Hegel não é a sua descrição do Estado moderno; tal descrição é por ele considerada, no fundamental, correta. O que Marx reprova em Hegel é a proposta política que este autor articula à descrição do Estado moderno: a proposta de eternização do Estado moderno, cuja essência é apresentada como essência do Estado em geral. (...) para poder criticar a proposta hegeliana de eternização do Estado Moderno, Marx deve criticar ao mesmo tempo a ‘versão’ hegeliana da separação entre sociedade civil e Estado, apresentando tal separação como alienação política, isto é, negação da pró pria essência (ser genérico) do Homem(...) a ‘massa dos indivíduos’, existindo sob a forma de membros da família e de membros da sociedade civil faz o Estado; o ‘homem real’, o ‘povo real’ constituírem a ‘base’ do Estado.(...) Fazer o Estado consiste, no j ovem Marx, em projetar a essência humana, o ser genérico do homem, para fora do próprio homem, mediante a criação de um ente que o dominará, ocultando aos seus olhos o fato de ser sua criatura o Estado moderno, ou Estado político abstrato. Fazer o Estado é , portanto, alienar-se; suprimir a alienação implica consequentemente, em suprimir o Estado, ou melhor, o dualismo alienante do Estado Moderno e da sociedade civil. 3[ 3 ] Neste período, Marx afirma que “o liberalismo só concebia a emancipação humana do ponto de vista político (nas instituições políticas) e não na vida real, quotidiana, na qual o que predominava eram as relações econômicas (esta era a esfera da ‘sociedade civil’ para Marx, que seguia o conceito de Hegel).” 4[ 4 ] O Estado, colocado como mediador nas relações entre os homens, como expressão do conjunto da sociedade, elimina, aparentemente, as contradições e desigualdades existentes no mundo real, o que possibilita a criação de uma situação ilusória, fonte da alienação política e de sua contínua reprodução. O Estado anula a seu modo, as diferenças de nascimento, de status social, de cultura e de ocupação, ao declarar o nascimento, o status social, a cultura e a ocupação do homem como diferenças não políticas, ao proclamar todo membro do povo, se m atender a estas diferenças, co-participante da soberania popular em base de igualdade, ao abordar todos os elementos da vida real do povo do ponto de vista do Estado. Contudo, o Estado deixa que a propriedade. 
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