concepção marxista e concepção liberal sobre estado e sociedade civil.
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Marx incorpora criticamente a concepção hegeliana do Estado, considerando como
positiva a separação feita por Hegel entre “sociedade civil” e “Estado político”, como duas
esferas distintas, separadas e em contradição. Marx considera ser esta separação a responsável
pela alienação política do homem moderno.
(...) o que Marx reprova em Hegel não é a sua descrição do Estado moderno; tal
descrição é por ele considerada, no fundamental, correta. O que Marx reprova em Hegel é a
proposta política que este autor articula à descrição do Estado moderno: a proposta de
eternização do Estado moderno, cuja essência é apresentada como essência do Estado em
geral. (...) para poder criticar a proposta hegeliana de eternização do Estado Moderno, Marx
deve criticar ao mesmo tempo a ‘versão’ hegeliana da separação entre sociedade civil e
Estado, apresentando tal separação como alienação política, isto é, negação da pró pria
essência (ser genérico) do Homem(...) a ‘massa dos indivíduos’, existindo sob a forma de
membros da família e de membros da sociedade civil faz o Estado; o ‘homem real’, o ‘povo
real’ constituírem a ‘base’ do Estado.(...) Fazer o Estado consiste, no j ovem Marx, em
projetar a essência humana, o ser genérico do homem, para fora do próprio homem, mediante a
criação de um ente que o dominará, ocultando aos seus olhos o fato de ser sua criatura o
Estado moderno, ou Estado político abstrato. Fazer o Estado é , portanto, alienar-se; suprimir a
alienação implica consequentemente, em suprimir o Estado, ou melhor, o dualismo alienante
do Estado Moderno e da sociedade civil. 3[ 3 ]
Neste período, Marx afirma que “o liberalismo só concebia a emancipação humana do
ponto de vista político (nas instituições políticas) e não na vida real, quotidiana, na qual o
que predominava eram as relações econômicas (esta era a esfera da ‘sociedade civil’ para
Marx, que seguia o conceito de Hegel).” 4[ 4 ]
O Estado, colocado como mediador nas relações entre os homens, como expressão do
conjunto da sociedade, elimina, aparentemente, as contradições e desigualdades existentes no
mundo real, o que possibilita a criação de uma situação ilusória, fonte da alienação política e
de sua contínua reprodução.
O Estado anula a seu modo, as diferenças de nascimento, de status social, de cultura e
de ocupação, ao declarar o nascimento, o status social, a cultura e a ocupação do homem como
diferenças não políticas, ao proclamar todo membro do povo, se m atender a estas diferenças,
co-participante da soberania popular em base de igualdade, ao abordar todos os elementos da
vida real do povo do ponto de vista do Estado. Contudo, o Estado deixa que a propriedade.
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