Compare a política de antigamente com a política de hoje em dia.
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Os pais de antigamente queriam ver os filhos trabalhando ainda crianças. O estudo ficava em segundo plano. Os pais de hoje preferem ver os filhos só estudando, porque trabalhar é assunto para só depois da faculdade – se tiver emprego, é claro. Hoje a lei proíbe o trabalho de menores de idade.
Os pais de antigamente achavam que os filhos tinham que crescer logo para se virar na vida, que era considerada dura e cheia de desafios. Os pais de hoje gostariam que os filhos não crescessem. Crescer pra quê? Para morarem sozinhos, trabalhar, pagar as contas, fazer compras no supermercado, providenciar alguém para lavar a roupa, cozinhar, arrumar a casa! Casados terão filhos...para os avós cuidarem. Teriam mais responsabilidade e preocupação! Pra que casar se eles podem namorar no shopping, no carro, em casa, até no quarto de dormir. Podem chegar a hora que quiserem da madrugada! Em casa o (a) filho (a) tem comida e roupa lavada, pra quê ir a luta? Em casa não precisarão arrumar o quarto, nem recolocar as coisas no lugar, nem ajudar os pais a descarregar as compras, nem ajudar a mãe na cozinha. Então, por que virar adulto? Para ser responsável e ter que encarar a vida tão perigosa e incerta lá fora?
Os pais de antigamente comandavam totalmente a educação dos filhos. Hoje os pais sentem comandados pelos seus rebentos. Resta a esperança para alguns de que a escola eduque-os. Os pais que com esforço retomam a função de “pai” e de “mãe” tendem a sentir culpa, porque dizer um ‘não’ dá a impressão de serem autoritários.
Antigamente os pais ricos simplesmente criavam os filhos. O ensino preceptorial se encarregava de dar uma “boa educação” aos economicamente privilegiados. Com o advento da “escola de massa”, no Brasil, a partir das décadas de 1970 e 80, foi anunciado para todos que a escola era quem devia “educar”. Os pais, agora, poderiam se dedicar ao trabalho e/ou se dedicarem plenamente à carreira profissional. Naquela concepção, seria mais “científico” e “moderno” deixar que os professores educassem a nova geração. Entretanto, esses abnegados profissionais foram humilhados de serem somente “professores” (formados em série como se fossem eucaliptos – “essa árvore sem vergonha”[1]), e foram cobrados para serem “educadores” (comparados às velhas árvores: os jequitibás).
O resultado daquele discurso educacional a sociedade paga até hoje: os pais se desobrigaram de “educar” os filhos e a escola perdeu o seu foco de trabalho de ser eminentemente “ensinante”.
Obs: esse “antigamente” refere-se a não mais que trinta, quarenta anos. Ou seja, antigamente não é tão antigamente.
espero ter ajudado.
Os pais de antigamente achavam que os filhos tinham que crescer logo para se virar na vida, que era considerada dura e cheia de desafios. Os pais de hoje gostariam que os filhos não crescessem. Crescer pra quê? Para morarem sozinhos, trabalhar, pagar as contas, fazer compras no supermercado, providenciar alguém para lavar a roupa, cozinhar, arrumar a casa! Casados terão filhos...para os avós cuidarem. Teriam mais responsabilidade e preocupação! Pra que casar se eles podem namorar no shopping, no carro, em casa, até no quarto de dormir. Podem chegar a hora que quiserem da madrugada! Em casa o (a) filho (a) tem comida e roupa lavada, pra quê ir a luta? Em casa não precisarão arrumar o quarto, nem recolocar as coisas no lugar, nem ajudar os pais a descarregar as compras, nem ajudar a mãe na cozinha. Então, por que virar adulto? Para ser responsável e ter que encarar a vida tão perigosa e incerta lá fora?
Os pais de antigamente comandavam totalmente a educação dos filhos. Hoje os pais sentem comandados pelos seus rebentos. Resta a esperança para alguns de que a escola eduque-os. Os pais que com esforço retomam a função de “pai” e de “mãe” tendem a sentir culpa, porque dizer um ‘não’ dá a impressão de serem autoritários.
Antigamente os pais ricos simplesmente criavam os filhos. O ensino preceptorial se encarregava de dar uma “boa educação” aos economicamente privilegiados. Com o advento da “escola de massa”, no Brasil, a partir das décadas de 1970 e 80, foi anunciado para todos que a escola era quem devia “educar”. Os pais, agora, poderiam se dedicar ao trabalho e/ou se dedicarem plenamente à carreira profissional. Naquela concepção, seria mais “científico” e “moderno” deixar que os professores educassem a nova geração. Entretanto, esses abnegados profissionais foram humilhados de serem somente “professores” (formados em série como se fossem eucaliptos – “essa árvore sem vergonha”[1]), e foram cobrados para serem “educadores” (comparados às velhas árvores: os jequitibás).
O resultado daquele discurso educacional a sociedade paga até hoje: os pais se desobrigaram de “educar” os filhos e a escola perdeu o seu foco de trabalho de ser eminentemente “ensinante”.
Obs: esse “antigamente” refere-se a não mais que trinta, quarenta anos. Ou seja, antigamente não é tão antigamente.
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