Como vou diferenciar as pirâmides ecológicas tipo de energia, de biomassa, de número??
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As pirâmides ecológicas
são úteis na representação dos níveis tróficos de um ecossistema, sendo
que os decompositores não são incluídos nas pirâmides. Nelas, cada nível
trófico é representado por um retângulo, no qual o comprimento é
proporcional ao número de indivíduos na pirâmide de números; à biomassa,
na pirâmide de biomassa; e à energia, na pirâmide de energia.
A pirâmide de números indica a quantidade de
organismos que há em cada nível trófico. Dependendo do ecossistema, a
pirâmide de números poderá ter o seu ápice voltado para cima (pirâmide
direta) ou voltado para baixo (pirâmide invertida).
Quando em um ecossistema são necessários muitos produtores para
alimentar poucos gafanhotos, que servirão de alimento para um número
menor ainda de pássaros, utilizamos a pirâmide com o ápice para cima.
A pirâmide com o ápice para baixo será utilizada quando, em uma
floresta, uma única árvore sustentar um grande número de pulgões, que
são comidos por um número menor de pássaros.
A pirâmide de biomassa é construída a partir da
avaliação das biomassas nos níveis tróficos de uma cadeia. Geralmente é
expressa em peso seco (pois a água presente nesse material não é matéria
orgânica, portanto não é utilizada como energia), por unidade de área
(g/m2 ou kg/m2). A forma da pirâmide de biomassa
pode variar de acordo com o ecossistema. Podemos ver na figura um
exemplo de pirâmide direta de biomassa. Nessa figura podemos ver que
oito toneladas de alfafa sustentam uma tonelada de bezerros em um ano e
esses bezerros alimentam nesse período um adolescente de 47 kg.
Como na pirâmide de número, a pirâmide de biomassa também pode ser
invertida. Podemos exemplificar com os ecossistemas aquáticos. Nesses
ecossistemas, a biomassa de fitoplâncton pode ser menor que a de
zooplâncton. A inversão da pirâmide ocorre porque a biomassa é relativa
apenas àquele momento, não considerando a velocidade de reprodução do
fitoplâncton, que é maior que a do zooplâncton, o que permite a sua
rápida renovação. Se for medida a média de um ano inteiro, poderemos
observar que a quantidade média de fitoplâncton foi maior que a de
zooplâncton.
A pirâmide de energia indica a produtividade do
ecossistema, considerando sempre o fator tempo. Por esse motivo, a
pirâmide de energia nunca é invertida. Nessa pirâmide há a
representação, em cada nível trófico, da quantidade de energia acumulada
em determinada área (ou volume) por unidade de tempo.
O primeiro nível trófico da pirâmide representa a quantidade de
alimento produzida pelos produtores do ecossistema em uma determinada
área (biomassa), durante um certo intervalo de tempo. Chamamos isso de
produção primária bruta (PPB). Uma parte da PPB é utilizada pelo próprio
produtor em seu metabolismo, outra parte é liberada sob a forma de
calor. A matéria orgânica não utilizada pelos produtores é incorporada
aos seus tecidos, ficando disponível para os níveis tróficos seguintes. A
essa matéria orgânica damos o nome de produção primária líquida (PPL).
Sendo assim, a PPL é a energia disponível para o segundo nível trófico,
representado pelos herbívoros. Dos alimentos que os herbívoros ingerem,
parte é utilizada em seu metabolismo, e a outra parte é eliminada nas
fezes e urina e na forma de calor. O que resta é incorporado aos tecidos
do animal, e essa matéria orgânica incorporada é o que ficará
disponível para o próximo nível trófico. Com os carnívoros ocorre o
mesmo processo.
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