Geografia, perguntado por anqclarasousabarbosa, 3 meses atrás

como vimos a internet é uma ferramenta utilizada por diversas comunidades indígenas por meio de sites blogs e páginas em redes sociais podemos conhecer sobre o modo de vida e as particularidades de digitas da atualmente reúne-se em um grupo para pesquisar na internet páginas lidas por indivíduos comunidades ou instituições indígenas cada grupo deverá escolher um site no qual recolher informações procurem saber quem são os gestores da página Qual é o seu conteúdo e de que forma esse site contribui para a divulgação da realidade dos indígenas depois cada grupo deverá apresentar as informações para os restantes da turma​

Soluções para a tarefa

Respondido por dorcassiq
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Denunciar crimes ambientais, preservar e divulgar sua cultura, defender seus direitos, mostrar suas condições de vida. Lutas diárias de diversas comunidades indígenas que, agora, ganharam uma aliada poderosa: a internet.

Muitos povos indígenas têm usado a rede para atingir um público grande, dentro e fora do país. Os recursos on line são usados para romper o isolamento em que muitas comunidades vivem, e também para vencer a barreira da falta de espaço que esses povos têm nas mídias tradicionais. "A internet possibilita aos indígenas divulgar suas culturas e potencialidades de forma mais independente e autônoma, se fazendo conhecer e dialogando diretamente com a população nacional", aponta Thiago Cavalcante, historiador e pesquisador do Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-História (Etnolab) da Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD) e do grupo de pesquisas do Centro de Estudos Indígenas Miguel A. Menendéz (Ceiman) da Unesp de Araraquara (SP).

A internet acabou se tornando uma ferramenta de comunicação fundamental para aqueles que antes não tinham voz. "A internet tem um papel importante na transmissão dessas ideias e na demonstração de que os grupos indígenas são donos de conhecimentos absolutamente pertinentes para o mundo não indígena. As redes sociais também são importantes, pois nelas os índios se fazem muito presentes e conseguem estender suas relações", explica Nicodème de Renesse, pesquisador da Redes Ameríndias e membro do Centro de Estudos Ameríndios, ambos da USP.  INCLUSÃO DIGITAL Para apoiar a conexão dessas comunidades com a rede mundial de computadores, o Comitê para a Democratização da Informática (CDI) criou, em 2003, o projeto Rede Povos da Floresta. Desde então foram implantados pontos de acesso à internet em comunidades do Acre, Amapá, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No início de 2007, a rede estabeleceu acordo com os Ministérios das Comunicações e do Meio Ambiente, beneficiando direta e indiretamente mais de 120 mil pessoas.

Em 2010, foi criado o Centro de Inclusão Digital Indígena (Cidi), uma instituição sem fins lucrativos que visa colaborar para a conectividade dos povos indígenas. O Cidi recebe doações de equipamentos de informática diversos, novos ou usados, faz sua manutenção e depois os entrega para as comunidades indígenas. Além disso, a instituição oferece cursos de informática básica e de formação de monitores indígenas para atuarem nas futuras escolas de informática criadas nas aldeias.

Apesar desse apoio, o primeiro Centro de Inclusão Digital Indígena foi inaugurado apenas em março de 2012, na comunidade Tikuna, situada na zona norte de Manaus (AM). "De modo geral existem políticas públicas de inclusão digital desde 2003, mas ainda são muito marginais. Na prática, a manutenção das infraestruturas em aldeias é caríssima, os pontos existentes não duram muito tempo, e as comunidades não conseguem mantê-los. As únicas exceções são os pontos em escolas indígenas, mantidas pelos governos estaduais. Na realidade, os índios acessam essencialmente a internet quando vão à cidade", diz Renesse.

ALERTA CONTRA MADEIREIRAS Uma das primeiras comunidades a se conectar à rede mundial de computadores foram os Ashaninka, que vivem na região do Alto-Juruá (AC), na divisa de Brasil e Peru. Para se defender dos madeireiros peruanos, que desmatavam as florestas, prejudicavam seus recursos e muitas vezes entravam em atritos com a comunidade, os Ashaninka resolveram inovar. Munidos de um painel solar para captar a energia e um computador, eles começaram a enviar e-mails para ONGs e para o governo, fazendo denúncias. As informações foram recebidas na Presidência da República e repassadas à Polícia Federal e ao comando do Exército, que montaram uma ação para combater os invasores. Hoje, a tecnologia faz parte da vida da comunidade Ashaninka, que tem um blog e utiliza o twitter para se comunicar.

O portal Índios Online é um dos projetos mais conhecidos. Trata-se de uma rede de diálogo intercultural, formada pelos povos Kiriri, Tupinambá, Pataxó-Hãhãhãe e Tumbalalá da Bahia, os Xucuru-Kariri e Kariri-Xocó de Alagoas, e os Pankararu de Pernambuco. O projeto foi desenvolvido pela ONG Thydewa, de Salvador (BA), com o apoio do Ministério da Cultura, da Associação Nacional de Apoio ao Índio (Anai) e com assessoria de um etnólogo alemão. O portal tem uma seção de notícias, uma apresentação das atividades desenvolvidas pelos povos, um fórum e uma sala de chat. Ao se conectarem, os índios dessas tribos realizam uma aliança de estudo e trabalho em benefício de suas comunidades.

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