Como Vargas se manteve no poder após 1934
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O Golpe de 1937 iniciou o período da história brasileira conhecido como Estado Novo.
Mesmo tendo sido o candidato derrotado nas eleições de 1929, o gaúcho Getúlio Vargas seria o presidente durante toda a década de 1930. Isso porque o político recebera o apoio de alguns estados brasileiros para acabar com o modelo político oligárquico que era vigente na República desde sua proclamação, em 1889. Assim, a chamada Revolução de 1930 colocou um fim ao período da República Velha. Getúlio Vargas assumiu a presidência do país e ficaria neste cargo por muito tempo.
Em 1934, deveria haver uma nova eleição para a presidência, porém Getúlio Vargas conseguiu uma manobra política para se manter no poder até a próxima eleição, que seria em 1938. Porém, antes mesmo da eleição deste ano, o gaúcho conseguiu organizar uma nova estratégia que o permitiria continuar na presidência até 1945. As eleições já estavam marcadas para janeiro de 1938, mas, ainda em 1937, ocorreu uma denúncia de que os comunistas estavam tramando para tomar o poder no país. Essa denúncia ocorreu no dia 30 de setembro daquele ano e serviu de base para que Getúlio Vargas colocasse o país em alerta. A suposta estratégia dos comunistas recebeu o nome de Plano Cohen, que se tornaria a peça chave para garantir a permanência de Getúlio Vargas no poder.
Naquele momento, o comunismo já havia ganhado uma repercussão negativa no país, e, por isso, a divulgação do Plano Cohen causou uma forte comoção popular, gerando instabilidade política e o receio de que os comunistas dessem um golpe para assumir o controle político do país. O Plano Cohen sensibilizou a população e também abriu espaço na política para que Getúlio Vargas pudesse declarar, no dia 10 de novembro de 1937, o início de uma ditadura supostamente capaz de caçar e repreender os envolvidos com o comunismo no país.
No entanto, sabe-se hoje que o Plano Cohen era um documento falso que foi forjado por um integralista, o capitão Olímpio Mourão Filho. A ala militar não estava satisfeita com a subversão que se esboçava no território brasileiro. Getúlio Vargas se aproveitou disso e do repúdio ao comunismo para conquistar o apoio dos militares e se manter no poder da forma que mais queria, como um ditador. Olímpio Mourão Filho, logo, participou diretamente do Golpe de 1937 dado por Getúlio Vargas e seria também o iniciador do Golpe Militar de 1964, quando sairia com suas tropas de Juiz de Fora (MG) em direção ao Rio de Janeiro para derrubar o governo de João Goulart.
Então, o Golpe de 1937 permitiria a permanência de Getúlio Vargas na presidência, eliminando as eleições que já estavam marcadas para o ano seguinte. O gaúcho tornar-se-ia um ditador, estabeleceria uma nova Constituição para o Brasil e governaria sem limite de mandato. O Golpe iniciou o período conhecido como Estado Novo, que só chegaria ao fim no ano de 1945.