como seriam as teorias pre-socraticas hoje?
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Resposta:
Principais ideias
Como os objetivos dos pré-socráticos eram os mesmos, as suas principais ideias eram parecidas. Todos eles estavam buscando a formulação de um raciocínio para o surgimento do Universo por meio da cosmologia. Há uma dificuldade de estabelecimento preciso e aprofundado acerca das ideias dos pré-socráticos, pois muitos deles deixaram poucos escritos, e muitos escritos sumiram, foram destruídos ou se encontram, hoje, em confusos fragmentos.
É certo apenas que todos os pré-socráticos deixaram suas contribuições para a cosmologia e que cada um deles descreveu um ou vários elementos como a causa de tudo o que existe. A natureza, objeto de estudo daqueles pensadores, era chamada pelos gregos de physis, e o princípio de tudo era chamado de arché. Os pré-socráticos que convencionaram não haver um único elemento gerador de tudo, mas vários, foram chamados de pluralistas. Para facilitar os estudos, os historiadores da Filosofia agruparam os pré-socráticos em escolas, de acordo com as ideias de cada pensador.
Estas são as principais escolas:
Escola Jônica: o pensamento fundado por Tales, que afirmava que a água seria o princípio de tudo, foi continuado por Anaximandro, que afirmava que a origem dava-se por um elemento infinito e indefinível, o que ele chamou de ápeiron. Outro expoente do pensamento jônico deu-se com o discípulo de Anaximandro, Anaxímenes, que postulou que o princípio de tudo ocorreu por meio de um elemento infinito, mas bem definido, o ar. Heráclito de Éfeso, outro jônico, afirmou ser o fogo a origem de tudo, o que daria à natureza um caráter transformador.
Escola Pitagórica: Pitágoras de Samos, um grande matemático antigo, observou a presença das relações matemáticas em toda a natureza. Com base nos tamanhos, pesos, proporções, distâncias e valores variados, a natureza seria constituída pela própria Matemática. Segundo o filósofo, a origem de tudo seria, precisamente, o início de qualquer figura geométrica — o ponto e a ideia de unidade.
Escola Eleata: os principais eleatas são Parmênides e Zenão, que formularam o princípio não com base em um elemento preciso, mas na imobilidade de todas as coisas que evidencia a essência de tudo. Segundo Parmênides, não havia criação e nem mudanças, mas uma essência eterna e imutável de tudo. A mudança que percebemos no mundo seria fruto do engano de nossos sentidos.
Escola Pluralista: os principais pluralistas são Empédocles, Anaxágoras, Demócrito e Leucipo. Todos eles afirmavam não haver um único elemento causador de tudo, mas uma composição plural que originou o Universo. Para Empédocles, essa origem dava-se com base nos quatro elementos da natureza — terra, fogo, água e ar. Para Anaxágoras, a origem estava no que ele chamou de sementes, que seriam compostos que se aglutinariam ou seriam separados pela afinidade, por meio das forças naturais que ele chamou de amor e ódio. Leucipo e Demócrito, considerados os “pais” da Química, formularam os átomos como origem de tudo. A palavra átomo vem do grego antigo e significa indivisível. Os átomos seriam, segundo os pensadores, as menores partículas que se aglutinam, com partículas semelhantes a si mesmas, para formar os objetos do mundo.