Como se faz uma intervenção na dança
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Resposta:
Uma das grandes áreas de intervenção da dançoterapia é a que se relaciona com as Necessidades Educativas Especiais. Segundo a American Dance Therapy Association, aqui consideram-se populações com deficiência intelectual, deficiência auditiva, dificuldades de aprendizagem, distúrbios comportamentais e Autismo. Todo o tipo de terapias através da música, da dança, do drama e da arte são importantes para providenciar a oportunidade das pessoas com necessidades educativas especiais.
Vários dançoterapeutas utilizam a dança e completam os seus programas com trabalhos integrados de arteterapia (com drama, música e artes plásticas). Nestas intervenções é dada grande importância ao desenvolvimento psicomotor. Incluem exercícios que trabalham os distúrbios da imagem corporal, a lateralidade, a coordenação motora, o equilibro, etc. No entanto para este tipo de intervenção não é utilizada uma técnica especial, recorrendo-se à fantasia, à interacção de grupo e à improvisação e, utilizando bastante o contacto corporal. (Chaiklin, 1975, cit. por Oliveira, 2009).
Estratégias para criar um ambiente adequado que transforme as acções não verbais em comunicações. (Tortora 2006, cit. por Oliveira, 2009):
1 – Ver e “ouvir” as acções não verbais das crianças para obter informações sobre as próprias crianças;
2 – Estar preparado para ajustar o ambiente no sentido de proporcionar às crianças uma participação óptima nas interacções com os outros;
3 – Seguir as pistas das crianças;
4 – Criar conversas através do diálogo do movimento;
5 – Reservar momentos para que se possam dar lugar às expressões a aos comportamentos não verbais;
6 – Comportar-se como um contentor, recebendo e estando atento aos comportamentos da criança;
7 – Antes de inibir ou redireccionar os comportamentos não verbais das crianças perceber que estes podem ser uma forma de Comunicação: O que está ela a dizer? Que sentimentos e sensações a criança está a experienciar através da acção?
Que acções se podem nós realizar no sentido de aumentar o potencial comunicativo do comportamento Não Verbal da criança;
8 – Estar preparado para atingir os objectivos da sessão para ajudar uma criança a sentir-se mais ciente e controlada num determinado momento.
O ponto fundamental de qualquer sessão é ter a capacidade de conversar com as crianças através do corpo e dos movimentos, observando e “ouvindo” todas as acções não verbais da criança para se obterem informações concretas sobre ela. Todos os terapeutas devem dar tempo e atenção às acções não verbais das crianças de modo a poderem criar, ajustar e alterar o ambiente para que estas tenham elevado poder comunicativo. Estas intenções comunicativas aumentam bastante com um ambiente adequado e agradável que ajuda as crianças a estabelecerem relações positivas e empáticas com o ambiente que as rodeia. Um ambiente bem estruturado e empático é a chave para o sucesso da participação activa da criança. Manter a criança motivada e interessada é a melhor forma de a estimular nas suas acções não verbais.
Existem alguns pontos fundamentais quando tentamos ler as acções não verbais. Todos os terapeutas devem estar bastante atentos para que possam focar a sua mente nas potenciais acções não verbais como potenciais actos comunicativos (Tortora, 2006, cit. por Oliveira, 2009). Seguindo esta perspectiva a Dançoterapia pode ser realizada de uma forma terapêutica num vastíssimo campo de intervenção. Embora em qualquer patologia possam existir determinadas metodologias específicas para a aplicação de programas de dançoterapia estes não são estanques e existem alguns pontos de concordância na maioria das intervenções com populações com necessidades educativas especiais.
Jeannete MacDonald (1992, cit. por Oliveira, 2009), apresentou uma vasta gama de estudos feitos utilizando a dançoterapia em indivíduos com dificuldades severas de aprendizagem, incluindo a deficiência intelectual, deficiências sensoriais e paralisia cerebral. Segundo a autora, a dança é um poderoso veículo para a mudança. Indivíduos com dificuldades severas de aprendizagem, por vezes desenvolvem comportamentos motores bizarros como o copiar alguns sons e movimentos de máquinas. Normalmente estes são reveladores de estados internos e tensões físicas perturbadas e que vão prejudicar o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos. Nestes casos a dançoterapia poderá ser fundamental no sentido de que vai trabalhar sobre a imagem corporal e, deixando intactos os princípios de base, trabalhar no sentido de substituir os comportamentos desadequados por outros socialmente aceitáveis. A dançoterapia é adequada para pessoas com profundas limitações físicas pois ela trabalha as limitações físicas e também as psicológicas. Para a autora não existem limites para o trabalho do dançoterapeuta com estes indivíduos.
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Explicação: