Como se desenvolveu os registros dos mapas territoriais do Brasil desde a colonização até hoje?
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As primeiras denominações dadas ao Brasil, encontradas em alguns mapas e fac-símiles, que pertencem à Biblioteca Nacional, foram: Terra de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Terra dos Papagaios (Planisfério de Waldseemüller, 1516), Terra Incógnita (aparece na Carta Atlântica da Geographia de Ptolomeu de 1513), Brasília (mapas de Bertius), Antropófagos (Planisfério de Pedro Apiano) e Brasil. Concorrendo com a denominação Terra de Santa Cruz, registrada em alguns mapas até o século XVIII, a de Brasil aparece desde o século XVI. Exemplos destas denominações são encontradas nas cartas de Paolo Forlani, Gastaldi, Blaeu etc.
Durante o século XVI, surgiram grandes cartógrafos portugueses, como Lopo Homem, Pedro e Jorge Reinel, Sebastião Lopes, Lázaro Luís, Fernão Vaz Dourado, Diogo Homem, Bartolomeu Velho, Bartolomeu Lasso e outros que retrataram o Brasil.
Uma carta importante desse período é a Tabula hec regionis magni Brasilis, ou Terra Brasilis, atribuída aos cartógrafos Lopo Homem, Pedro e Jorge Reinel, que faz parte do conhecido Atlas Miller, ca. 1519, pertencente à Biblioteca Nacional de França. Ela representa o escambo do pau-brasil no séc. XVI, sendo considerada a primeira carta econômica do Brasil e a primeira imagem do desmatamento no País. A Biblioteca Nacional possui uma reprodução, que faz parte da obra A mui leal e heróica cidade do Rio de Janeiro, editada em 1965. Além disso, ela aproxima a configuração da costa brasileira com a atual. Outro exemplo de carta que possui esta aproximação é o mapa-múndi atribuído a Jorge Reinel, reproduzido no Kunstman IV.
Não existe na Biblioteca Nacional a documentação cartográfica portuguesa manuscrita sobre o Brasil no século XVI. Porém, muitos destes mapas foram copiados por cartógrafos italianos, franceses e holandeses e gravados suas firmas. Dentre eles, citam-se Gerardus Mercator, autor da famosa projeção de Mercator, Abraham Ortelius, autor do primeiro atlas Theatrum Orbis Terrarum, publicado em 1570 etc. A Biblioteca Nacional possui as outras edições do Theatrum Orbis Terrarum de Ortelius, em latim (1575, 1579, 1584,1612), espanhol (1588) e italiano (1598). As edições em latim de 1579 e 1612 incluem o Parergon[11]