Como se desenvolveu o Paisagismo no Brasil
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Dr. Silvio Soares Macedo Arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, na qual é Professor Titular de Paisagismo, Editor da revista Paisagem e Ambiente: Ensaios, Coordenador do Laboratório da Paisagem e da pesquisa Quadro do Paisagismo no Brasil. Desenvolve, desde 1976, pesquisas na área de paisagismo, tendo publicado quatro livros. Resumo Os anos 1930 e 1940 foram anos de rupturas na arquitetura, no urbanismo e, naturalmente, no paisagismo. A negação do passado recente era objetivo das vanguardas. Esta se refletiu no tratamento do espaço livre urbano, público e privado. A princípio as novas concepções e programas se restringiram à obra de Roberto Burle Marx e uns poucos autores. Dos anos 1950 em diante, em São Paulo e Rio de Janeiro, com o aumento da urbanização, da população de classe média e alta, as condições para o surgimento de novos autores e obras estavam feitas. Autores como Roberto Coelho Cardozo e Valdemar Cordeiro criaram bases para o surgimento de inúmeros outros projetistas que, em escritórios ou junto à órgãos públicos, consolidaram preceitos formais e programáticos do paisagismo moderno nacional. Nos anos 1970 e 1980, o aumento do mercado para os paisagistas, associado à expansão do mercado para arquitetura, consolida-se seu o trabalho e sua identidade. Por muito tempo, para nós brasileiros, a figura de Roberto Burle Marx foi sinônimo de Paisagismo. Ele com suas diversas equipes, foi responsável (por cerca de 50 anos) pelos mais importantes projetos paisagísticos do país concebidos e executados, para o Estado e para as elites de então. A qualidade do arquiteto paisagista Burle Marx é inegável e uma grande quantidade de suas criações são consideradas obras-primas da arquitetura paisagística mundial do século XX, ao lado de nomes como Garret Eckbo, Lawrence Halprin, Thomas Church, Dan Kiley, Peter Walker, Bernand Tschumi e outros poucos mais. Burle Marx foi um dos pioneiros do “design” moderno no paisagismo moderno mundial, cuja origem está na década de 1930, período de intenso nacionalismo e transformações sociais, tendo participado no Brasil do projeto do Ministério da Educação e Saúde (1937) – marco da arquitetura nacional. Neste, aproveitando-se da nova concepção arquitetônica-urbanística do edifício-quadra, desenha um jardim-praça estruturado por canteiros de formas rocambólicas, utilizando-se do movimento e da cor no desenho dos pisos, executados no tradicional mosaico português e plantas tropicais. Este foi o primeiro de uma coleção de projetos de alto nível e qualidade formal indiscutível que, extremamente visíveis, bem mantidos e divulgados, transformaram Roberto no paisagista brasileiro e mundial do século XX. O rol de sua obra abriga projetos como os Parques do Flamengo (RJ) e Mangabeiras (BH), as Praças Salgado Filho (RE e RJ), parques particulares nas serras fluminenses, o Largo da Carioca (RJ), dezenas
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