Como se desenrolou o conflito que obrigou Maomé a deixar Meca no ano 622?
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Explicação:
Perseguido pelas tribos árabes politeístas de Meca que não acreditavam na conversão a um Deus único, Maomé deixa Meca para se refugiar em Yathrib, a futura Medina. É a partir desta cidade, rebatizada como Madinat al-Nabî ("cidade do profeta"), que ele iria difundir sua mensagem religiosa a toda a península arábica. Para os muçulmanos, a partida de Maomé em 16 de julho de 622 marca o começo da era muçulmana. Este episódio fundador tomará o nome de Hégira, da expressão em idioma árabe "hijra" que significa emigração.
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Depois de sua revelação, Maomé tenta organizar e difundir sua lei monoteísta no seio da comunidade de Medina. Seu objetivo era então de conquistar Meca. Para tanto, ele recorreu ao respaldo da população de Medina. Sob a forma de pequenas expedições, Maomé passou a atacar, em 624, as caravanas de Meca. Obtém sua primeira grande vitória em Badr. Infelizmente para o profeta, as comemorações teriam curta duração. Teve de esperar até 628 e a assinatura do Tratado de Hudaibiya para ser oficialmente reconhecido. Em companhia de sua comunidade, iria cumprir uma peregrinação. Graças às alianças que conseguiu estabelecer, sua popularidade cresceu vertiginosamente o que lhe permitiu conquistar pacificamente as localidades em 630.
Em janeiro de 630, o profeta toma a cidade de Meca tão cobiçada. Estando aliado a diversas personalidades influentes durante uma peregrinação, especialmente em virtude de seus doze casamentos, obtém, sem necessidade de recorrer à violência, a rendição. Desde então, o templo de Kaaba se tornaria o coração do Islã e se abriria a todo o conjunto de muçulmanos. Rapidamente, a população que havia muito se opunha a ele se converteria e o islamismo paulatinamente se estenderia por toda a Arábia. O islã passaria a alicerçar-se sobre a lei do Corão e sobre a tradição da « Sunna ».
Em 8 de junho de 632 morre em Medina (na atual Arábia Saudita) Maomé, o mensageiro de Alá, o profeta do Islã. Depois de 20 anos de revelações corânicas e de ações político-religiosas, e a despeito de divisões internas, a comunidade muçulmana estava em vias de constituir-se, com suas crenças, seu culto, suas regras de vida, suas hierarquias de poder (califas, imanes). Os árabes são o último povo do mundo mediterrâneo antigo a abraçar o monoteismo.
Em junho de 650, a versão definitiva do Corão é apresentada. O califa Othman confia aos discípulos de Maomé a transcrição das revelações de Gabriel numa versão oficial do Corão. Com efeito, segundo as crenças muçulmanas, Maomé recebe em árabe as palavras sagradas de Alá por intermediação do anjo. Após sua morte em 332, seus fieis tentariam colocar por escrito aquilo que até então se transmitia oralmente. A revisão de Othman estabelece concretamente os textos corânicos que viriam a ser objeto de contestações. De resto, escritos num árabe ainda pouco corrente, estariam sujeitos a distintas interpretações. Nem ao menos se constituiriam na versão definitiva, reconhecida por todas as seitas, do livro sagrado.
Resposta:
Perseguido pelas tribos árabes politeístas de Meca que não acreditavam na conversão a um Deus único, Maomé deixa Meca para se refugiar em Yathrib, a futura Medina. É a partir desta cidade, rebatizada como Madinat al-Nabî ("cidade do profeta"), que ele iria difundir sua mensagem religiosa a toda a península arábica. Para os muçulmanos, a partida de Maomé em 16 de julho de 622 marca o começo da era muçulmana.