como são definidos "pobre e ricos" na sociedade
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Sobre a desigualdade, os mega ricos e os pobres explorados
Por Carlos Mendes "Martini" / abr 21, 2015 / MEMEnganos, Política e Economia /
Sim, o Livre Mercado (Capitalismo) funciona!Um dos argumentos pró-socialismo que mais fazem sucesso entre inocentes que não conseguem compreender a própria estrutura da realidade é aquele que diz que o Capitalismo (ou Livre Mercado) é ruim por ser a causa da desigualdade entre ricos e pobres.
O argumento é estúpido, primeiro, por repousar sobre um conceito bonitinho mas intelectualmente preguiçoso de “desigualdade” e, segundo, por não levar em conta o funcionamento do mercado e não vislumbrar que a fortuna dos ricos não é o motivo da miséria dos mais pobres (e nem faz sentido algum que alguém pense isso).
“As desigualdades se acentuaram após a Revolução Industrial”
Bom, como as pessoas viviam antes da Revolução Industrial? Eu respondo: a maior parte da população vivia do campo. Outros, com um pouco mais de sorte, viviam de prestar serviços para nobres abastados ou para ricos mercadores. As pessoas ricas, tal como hoje, eram uma pequena minoria. E como a imensa maioria da população era composta de gente pobre, podia-se dizer que, estatisticamente falando, a igualdade era maior. Mas era uma IGUALDADE DE MISÉRIA.
Não, a desigualdade não é necessariamente ruimCom o advento da Revolução Industrial, surgiu uma classe de mega-ricos industriais, é verdade. Aumentaram as desigualdades? Sim, a partir do momento em que surgiram novas classes sociais — e vejam bem que, quando falo em CLASSES SOCIAIS, eu falo em grupos com diferentes níveis de renda e não de classes estanques, tal como em um sistema de castas, no qual você não tem como sair da classe à qual pertence. E se sua classe é definida pela sua renda, então ainda que nascido em uma classe mais baixa, ao gerar riqueza você muda classes superiores.
Sim, os ricos de hoje são muito, MUITO mais ricos do que os ricos daqueles tempos. Sim, a desigualdade aumentou, mas o padrão de vida da população como um todo ELEVOU-SE e a quantidade de miseráveis REDUZIU-SE drasticamente. Hoje, uma pessoa de classe média baixa vive em condições de conforto, higiene e saúde superiores às de muitos ricos da Idade Média.
Assim, não se pode confundir os conceitos. O fato de a desigualdade hoje ser maior não significa que o PADRÃO DE VIDA da população caiu. Pelo contrário, o padrão aumentou muitíssimo — exponencialmente.
Não, a desigualdade não é necessariamente ruimPara dar uma ideia do salto, uso um exemplo pessoal: em meados da década de 1990 eu era autônomo e comprei uma estação de trabalho (PC, scanner e impressora). Lembro que o equipamento custou o equivalente a uns 8 ou 10 mil reais hoje. Precisei de uma linha de financiamento semelhante às que são usadas hoje para parcelar automóveis. Hoje, um equipamento semelhante custaria menos de 1.500 reais. Veja bem: estou dando como exemplo o quanto o mercado de tecnologia foi barateado ao longo de 20 anos. Imagine então todas as mudanças, em todo tipo de bens de consumo e serviços, de 200 anos para cá.
Explicado isso, eu pergunto: o que é melhor? Uma sociedade com apenas alguns poucos nobres e ricos, onde quase todos os outros são miseráveis, tendo que viver apenas do que produzem e praticamente sem nenhuma possibilidade de ascensão social por esforço próprio? Ou uma sociedade onde há sim os extremos (alguns miseráveis e algumas pessoas muito, mas MUITO ricas) mas a maioria da população não apenas tem um padrão de vida superior como tem a possibilidade de ascender socialmente pelo próprio trabalho na geração de riqueza (por exemplo, inventando algo legal que possa ser vendido)?
Ora, ninguém jamais disse que o Capitalismo (leia-se Livre Mercado) é perfeito. Mas ele é o único sistema que é capaz de melhorar as condições de vida de da maior parte da população sem privá-la das suas liberdades e ainda permite o livre trânsito entre as classes sociais, de acordo com os méritos de cada um.
Não, a desigualdade não é necessariamente ruimSobre os super/ultrarricos, para alguns o amaldiçoado fruto da desigualdade: entenda que praticamente nenhum desses mega ricos tem uma fortuna realmente líquida, ou seja, uma fortuna em dinheiro vivo, pronto para ser gasto à vontade. Eles não vivem dentro de uma caixa forte gigante, saltando e nadando em uma piscina de moedas como o Tio Patinhas nas revistinhas e desenhos animados da Disney. Muito pelo contrário. Por exemplo, os mais de 70 bilhões do Bill Gates estão, em sua maior parte, em ativos (ações, empresas, propriedades) que pertencem sim a ele, mas também beneficiam DEZENAS OU CENTENAS DE MILHARES de pessoas.