Artes, perguntado por rosianeconceicaosant, 6 meses atrás

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Respondido por rodriguesalice445
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Resposta:

Cubismo foi uma das vanguardas artísticas do início do século XX, com expoentes nas artes visuais e na literatura. Trata-se de um movimento artístico revolucionário, cuja principal característica é a observação da realidade sobre diferentes perspectivas, envolvendo a geometrização das formas e a ruptura com a representação verossímil dos objetos.

Veja também: Dadaísmo: uma vanguarda que pregava a “antiarte”

Contexto histórico

As mudanças provocadas pela Segunda Revolução Industrial, em meados do século XIX, transformaram a entrada do século XX. Grandes centros urbanos consolidavam-se, a luz elétrica popularizava-se, bem como os automóveis e a fotografia. No decorrer de poucas décadas, a Europa, até então predominantemente rural, via a explosão demográfica urbana erigir enormes metrópoles.

Guernica, uma das mais famosas obras de Pablo Picasso, precursor do movimento cubista.[1]

Guernica, uma das mais famosas obras de Pablo Picasso, precursor do movimento cubista.[1]

Tudo isso deu origem a um novo modo de vida, instigando os artistas a propor também uma nova maneira de representação da realidade. O Cubismo surge em 1907, inicialmente como um movimento estético parisiense, que acabou popularizando-se por toda Europa e Américas, inaugurando nova maneira de fazer arte, em resposta ao novo modo de viver estabelecido no início do século XX.

Características

Precursor, revolucionário, inovador, o Cubismo rompeu com uma das características mais tradicionais da pintura: o uso da perspectiva plana. Em prol de uma verdadeira libertação na arte, os cubistas aboliram a cópia. O artista deve criar, não copiar — é o fim da arte mimética.

Desse modo, não há na arte mais nenhum compromisso em representar a aparência real das coisas. Várias faces de um mesmo objeto são retratadas em um mesmo plano, o objeto pode ser fragmentado, justaposto, refeito em colagens ou reduzido apenas a figuras geométricas. É esse novo uso da geometria, por sinal, que batiza o movimento:

“Ele despreza tudo, reduz tudo, sítios, figuras e casas a esquemas geométricos, a cubos.”

Trecho do artigo sobre o Salão de Outono de 1908, escrito por Louis Vauxcelles, a respeito das obras de Georges Braque.

Georges Braque, O viaduto de L?Estaque, 1907.

Georges Braque, O viaduto de L’Estaque, 1907.

O horizonte de criar uma arte que rompesse com o academicismo propiciava uma grande interação entre artistas de várias áreas: pintores, escultores, músicos e escritores uniam-se em estreito diálogo e integração constante. Assim, as rupturas do Cubismo tiveram seu lugar também na literatura.

O movimento cubista é dividido em duas fases:

Cubismo analítico (1909): cuja característica é a total decomposição dos objetos representados. Para romper com a representação visual, apresentavam-se vários ângulos sobrepostos e fragmentados de um mesmo objeto, em prol de uma representação conceitual. Muitas vezes essa ênfase na destruição das formas aparentes tornou praticamente impossível reconhecer qualquer figura nos quadros desse período.

Cubismo sintético (1911): momento em que há certa redução na fragmentação dos objetos, tornando as figuras novamente reconhecíveis. Insere-se então a técnica da colagem: outros materiais, como pedaços de jornal, de madeira, de vidro e até mesmo objetos inteiros, passam a fazer parte da pintura. A proposta do Cubismo sintético é levar a pintura a novos estímulos além do visual, incorporando também elementos táteis.

Explicação:

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