Como que a rã cuida dos seus ovos e gerinos?
Soluções para a tarefa
ejamos antes os três grandes grupos de anfíbios:
- Ordem URODELA (salamandras e tritões). São os anfíbios com cauda e se parecem com lagartos.
- Ordem GYMNOPHIONA (cobra-cega). São os anfíbios sem patas, com o corpo alongado, parecidos com as serpentes.
- Ordem ANURA (sapos, rãs e pererecas). São anfíbios sem cauda e o grupo mais popular. Os anuros ficam acordados de noite e repousam durante o dia. Uma característica típica é a dos machos cantarem (coaxarem) na época da reprodução. Daremos destaque à reprodução para esse grupo.
sapo, rã e perereca (anfíbios sem cauda) salamandra (anfíbio com cauda) cobra-cega (anfíbio sem patas)
Os sapos são fisicamente mais troncudos, com pele mais rugosa e seca e são mais terrestres do que as rãs e as pererecas. Os sapos locomovem-se mais lentamente a passos curtos. As rãs possuem a pele bem lisa e molhada e habitam locais próximas à água. Os dedos são finos e locomovem-se dando grandes saltos. As pererecas são parecidas com as rãs mas são distintas pela incrível habilidade de escalar a vegetação, graças à presença de discos adesivos em seus dedos. Possuem pernas bem mais longas do que rãs. Compare os três tipos de anfíbios anuros:
Sapo Rã Perereca
Fonte das imagens: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anura
A foto abaixo mostra o ciclo de vida de um sapo feito de origami.
Como os anfíbios anuros se reproduzem?
Quando chega a estação de reprodução nos banhados, brejos e lagoas, no verão e nas noites chuvosas, ouve-se a cantoria dos machos. Estão dando um recado muito importante: "Eu tenho um território e quero namorar". O macho de cada espécie canta na sua própria "linguagem" que é para a fêmea da espécie não se confundir. Essa diversidade é divertida para o nosso ouvido: o som de um se parece a um mugido, do outro a um assovio, e de um outro a um grilo!! (Clique aqui e veja exemplos). Para os biólogos a especificidade de cada canto é uma boa dica para identificá-los. A noite, sem os enxergar os peritos descobrem quais espécies vivem numa determinada área, só pelo canto. Como os filhotes precisam da água para se desenvolverem, sapos, pererecas e rãs cantam sempre dentro ou próximo a corpos d'água. Para as fêmeas o canto é tão irresistível que são atraídas na hora. Quando o casal se forma, o macho dá um abraço bem apertado na fêmea pelas costas, (como na figura abaixo) e os dois desovam juntos. Com o abraço a fêmea libera centenas de gametas femininos (óvulos) e o macho, milhões de gametas masculinos (espermatozóides).
Abaixo veja os origamis de sapos e girinos ilustrando as etapas do ciclo de desenvolvimento. Clique aqui para aprender a fazê-los através de vídeos ou baixando os respectivos diagramas. Peça ajuda ao Professor de Ciências ou de Artes e bom divertimento.
Amplexo nupcial e desova
Cardume de girinos
Girinos com pernas
Como nos peixes ovíparos, a fertilização é externa e o ovo que foi fecundado desenvolve-se fora do corpo da mãe. Dependendo da espécie de anfíbio anuro, os ovos são depositados na água, sob pedras, dentro de uma toca escavada no chão, em folhas, etc. O importante é que haja bastante umidade, o suficiente para o embrião crescer e transformar-se em girino (nome dado a larva dos anuros). Quando sai do ovo, o girino já nada e procura o seu próprio alimento mas para se protegerem de predadores ficam agrupados em grandes cardumes (veja uma imagem). Os pais de anfíbios anuros são muito cuidadosos com a prole e procuram garantir locais seguros para que ela se desenvolva. Os girinos crescem preparando-se para a vida fora da água: primeiro surgem o par de pernas traseiras, depois as dianteiras, a cauda vai sendo perdida e, finalmente, a preparação para respirar fora da água.