Como profissionais da saúde e do bem-estar, devemos trabalhar focados nas políticas públicas para a promoção da saúde da comunidade em nossos atendimentos. A maioria dos tratamentos, não contemplam cuidados que promovem efetivamente a qualidade de vida de nosso paciente, como a utilização de medicamentos que muitas vezes são recursos que previnem as doenças, mas não promovem o bem-estar e a mudança de hábitos das pessoas para uma melhor qualidade de vida. Temos que exercer a escuta em nossos ambientes de trabalho. Nem tudo se resolve com medicamentos, dermocosméticos, procedimentos e afins. Não podemos ser profissionais que observam os fenômenos sociais, educacionais, psicológicos, culturais e comportamentais, exclusivamente como problemas de saúde que geram prescrição medicamentosas. A medicalização é um tema recorrente nas discussões dos profissionais da saúde, pois se relaciona com o processo que envolve o saber do profissional da saúde e do bem-estar sobre todos os aspectos do indivíduo e frequentemente, na prescrição e no uso indiscriminado e excessivo de remédios. Adaptado de Tesser C. D. ; Dallegrave D. Práticas integrativas e complementares e medicalização social: indefinições, riscos e potências na atenção primária à saúde. Cadernos de Sáude Pública. V. 36, n. 9, e00231519, 2020. Disponível em:
Soluções para a tarefa
Analisando sobre a medicalização e os entraves entre os profissionais da saúde, podemos considerar que a única asserção com proposição verdadeira é a I e desta forma a alternativa 2 é a correta.
A medicalização foi criada para destacar a influência da medicina no que se refere aos aspectos da vida, citado por Michael Foucault.
Logo a medicina atua no controle diário das pessoas, utilizando tratamentos, métodos de recuperação e pesquisas sobre saúde.
A medicalização na sociedade
Sabemos hoje que a medicina impacta de modo rotineiro nos indivíduos, pois ela acaba controlando e causando maior dependência da escolha de forma autonômica, tornando-se refém de protocolos e dos comportamentos pré-estabelecidos.
Logo, as práticas aplicadas pelo SUS, nomeadas Práticas Complementares em Saúde, são consideradas ótima opção para cuidar do processo saúde-doença, visto que o cuidado é através de terapias alternativas, agindo na saúde tanto mental quanto física do indivíduo, no entanto ela não permite ser utilizada de maneira independente, já que necessita de um profissional para conduzi-lo.
Complemento do enunciado
A partir das informações do texto, também com base nos artigos científicos disponíveis e na palestra ministrada, avalie as afirmações a seguir:
I. O autocuidado pode ser considerado autorreferido, ou seja, quando o aprendizado não é incorporado no universo da família e passa a ser experimentado ou validado pela sociedade.
II. A medicalização não é considerada um problema no processo social e devido a isso o seu progresso na cultura ocidental ainda é subjetivo, intensificando somente no século XXI, com poucos agentes envolvidos.
III. A área das ciências da saúde se beneficia de conhecimentos milenares como as Práticas Integrativas e Complementares (PICs), que possuem potencial e saberes técnicos em saúde-doença e pode ser usada livremente como forma medicalizante ou desmedicalizante.
IV. O filósofo Michel Foucault, tratou da medicalização social em uma perspectiva ampla, investigando práticas e costumes relacionados a alguns séculos de história na Europa, referindo-se à “medicalização indefinida”, que significa a ampliação mais recente do escopo da biomedicina para “todo e qualquer aspecto da vida humana”.
É correto o que se afirma em:
- Alternativa 1: II, apenas;
- Alternativa 2: IV, apenas;
- Alternativa 3 :I e III, apenas;
- Alternativa 4: II e III, apenas;
- Alternativa 5: I, II e III.
Entenda mais sobre a medicalização aqui:
brainly.com.br/tarefa/24011839
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