Como Janio Quadros Agia?
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E tal qual o colega russo, Jânio também fazia questão de privilegiar a bebida nacional. Diante de um copo de uísque ou de uma cachaça, a escolha sempre recorria para a branquinha, a “marvada”. O vinho estava em segundo lugar de suas preferências. Mas se na festa tivesse apenas o uísque, ele não dispensava.
Jânio Quadros fez parte daquela cepa de políticos que hoje praticamente não encontra um parceiro à sua altura. Era um político da velha guarda. Indiferente do partido que estava ou o apoiava tinha ideias. Gostava de ir pra rua e conversar com o povo. Não era apenas uma ratazana de gabinete.
Era o tipo de político que criou seguidores permanentes. Não importa o partido. Até hoje, muitas pessoas são “janistas”. Como outras são “ademaristas”. Talvez o último dos políticos brasileiros que deixou nome e legado de seguidores foi o Brizolla. E em escala menor o malufismo.
De 1947 a 1961 Jânio Quadros foi eleito para todos os cargos possíveis. Inclusive para presidente da República, com a maior votação da época, algo em torno de 6 milhões de votos. Foi eleito em 3 de outubro de 1960. Renunciou na tarde de 25 de agosto de 1961. Na carta que deixou, identificou como motivo do gesto não ter conseguido conduzir o país da forma que queria e atribuiu tudo a “forças ocultas”. Os motivos de sua renuncia nunca ficaram claros.
Neste pequeno período, durante o que dizem ter sido uma maratona de bebedeira, Jânio patrocinou um fato que ficou para a história. Ele – declaradamente um homem de direita, declaradamente anticomunista – condecorou o ministro da Indústria e Comércio de Cuba, Ernesto “Che” Guevara com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. O motivo “oficial” era o de prestar um agradecimento por Guevara ter atendido a seu apelo e libertado mais de vinte sacerdotes presos em Cuba, que estavam condenados ao fuzilamento.
Evidente que ninguém gostou do ato. Jânio triplicou o número de inimigos. Até a UDN que o apoiou na camapanha foi contra. Grupos radicais chegaram a espalhar que o presidente queria levar o Brasil ao comunismo.
Jânio estava acostumado a polêmicas. A ser dono de grandes ideias, nem sempre boas para a sua imagem, ou seja, era um zero a esquerda em termos de marketing político.
Antes de ser presidente, baixou uma série de medidas hilárias. Proibiu o uso do maiô e biquíni nos concursos de miss,; proibiu as rinhas de galo, proibiu o uso de lança-perfume em bailes de carnaval e fez uma tentativa de regulamentar o carteado.
O jornalista Augusto Nunes, em 18 de maio de 2009, publicou artigos com o título: A última vez que bebi com Jânio Quadros.
Tem momentos maravilhosos.
Augusto conta que estava com Jânio, mais o repórter Jomar Moraes, buscando respostas para os motivos da renúncia, quando chegou o deputado Gastone Rigui. “O que vai beber”, pergunta Jânio. “Uísque” responde Gastone. O anfitrião pede que providencie água mineral e o material de combate: uma garrafa de Chivas, dois copos para uísque (baixos), balde de gelo e um copo de vinho. Em duas goladas, Jânio termina o primeiro e depois segundo copo de vinho.
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Jânio Quadros foi um presidente moralista, implantou medidas como proibição do biquíni, das brigas de galo e lança perfume nos bailes carnavalescos, além disso adotou uma política externa de neutralidade em relação ao contexto político o qual passava (guerra fria) renunciou logo após dar a Ernesto Cheguevara a maior honraria brasileira a num estrangeiro, a ordem do Sul, quem assume o poder foi João Goulart, Jango.
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