Como Hitler mal interpretou o conceito Nietzsche "Vontade de potência"?
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Para Nietzsche, a vontade de potência seria o princípio-base de organização do universo, a tendência constante à renovação e expansão dos valores. Para ele, essa vontade, mais do que a interpretação rasa de Hitler (que, a meu ver, de tão corrompida, parece-se muito mais com um mero subterfúgio para justificar seus objetivos políticos expansionistas), busca a superação constante, a permanente transvaloração do homem que deve sempre seguir rumo a um ideal maior do que o já imposto, que deve criar seus próprios valores com os olhos postos num valor acima de si mesmo, num caráter mais que ideal, inalcançável (que ele chamou de Super-Homem). Nada disso tem absolutamente nada a ver com a expansão alemã, que Hitler interpretou como sendo consequência natural da Vontade de potência do universo.
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Resposta:
Apenas através de Nietzsche, sendo completa e plena de si, a Vontade de Potência pode ser aquilo que dá sentido e cria valores. Ela cresce e se ultrapassa. Não há falta a ser preenchida, é excesso que transborda. Ela não busca, ela dá; não procura, cria; não aspira, compõe; não exige, inventa; não interpreta, fabrica. E este é o dever e direito do filósofo: criar valores.
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