Como geni expressou seu ciume quando o nene nasceu a cor da ternura
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Resposta:
Resumo
Torna-se essencial observar o quanto a literatura afro-brasileira é importante para a
compreensão do processo histórico que envolveu e continua envolvendo a construção da
identidade dos brasileiros, caracterizando-se como uma literatura denúncia, por retratar as
marcas da opressão e exclusão sofridas pela população afrodescendente. Partindo da
compreensão dos estudos pós-coloniais objetivamos a análise da obra a Cor da Ternura de
Geni Guimarães, tendo em vista, a reflexão sobre questões étnicas e de gênero, como ponte
para a construção da consciência de si, feita pela personagem ao longo da narrativa, servindo
como elemento estruturador para a formação de sua identidade.
Explicação:
PALAVRAS-CHAVE: Mulher negra, Consciência, Identidade.
A proposta deste trabalho está pautada na análise da construção identitária negra com
ênfase nas questões de gênero que permeiam as relações de resistência da mulher negra em
meio ao processo de afirmação e construção de sua identidade, representado pela personagem
Geni. A obra A cor da ternura é pertencente à literatura negro-brasileira, assim como
denomina Cuti, literatura esta que vem ganhando muito espaço no cenário nacional por meio
de escritores afrodescendentes, que em seus textos buscam proporcionar voz a uma população
que foi silenciada por muito tempo. A narrativa desenvolve a voz daqueles que viveram
situações desrespeitosas, mas hoje não tem medo em falar o que passaram. Nesse sentido,
Cuti afirma:
A par do surgimento da personagem negra em livros de autores brancos ou
mestiços, mediada pelo distanciamento, a produção de autores negros segue
sua trajetória de identidade e de consolidação gradativa de uma alteridade no
ponto de emanação do discurso (2010, p. 33). Tomando como base a ideia de Cuti é notável que quando os escritores são negros os
desígnios indenitários tornam-se mais evidentes, devido à representação de forma mais íntima
da vivência negra, proporcionando melhores condições de entendimento e compreensão da
sua condição, essas literaturas buscam a quebra dos preconceitos formulados por estereótipos
equivocados, que não traduzem a vivência do indivíduo ou de determinado grupo. Segundo
Esmeralda Negrão e Regina Pinto (1990, p.18):