Como funciona o processo de fluoretização do sal de cozinha? E como esse processo é diferente ao de fluoretizaçao da água?
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Resposta:
Tradicionalmente considerado como veiculo de menor adequação para a suplementação do flúor ao esmalte dentário no combate à cárie, o "sal de cozinha"1 começou a receber maior ênfase a partir de estudos efetuados na década passada na Colombia.
O simples fato de que a criança praticamente não ingere sal em seu primeiro ano de vida, só o fazendo em quantidades significativas a partir do 4° ou 5.° ano, constituia-se em forte contra-indicação para o método, uma vez que é no período de formação do tecido dental – portanto a partir do nascimento – que o efeito benéfico do flúor é determinante. A necessidade de variação da dosagem do flúor no sal de acordo com os padrões de consumo individual (para evitar fluorose) era considerado como óbice de difícil transposição. As experiências da Suiça e Hungria (citados com constância na literatura), países desenvolvidos nos quais o beneficiamento do sal fica a cargo basicamente de uma só indústria, demonstravam reduzida aplicabilidade para o Brasil, além de que os resultados alcançados – em termos de força preventiva do método – eram inferiores aos da fluoretação da água de abastecimento público.
À luz de novos argumentos trazidos recentemente à tona por técnicos internacionais, justifica-se um reexame da questão com vistas a estudar a viabilidade ou não para o Brasil, da adoção do sal como veículo para o flúor na prevenção da cárie dental.