Como funciona o calendario mesopotâmico?
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O calendário babilónico, que adopta o calendário standard de Nippur, é luni-solar e está profundamente ligado ao culto, estruturando a vida dos mesopotâmios. Procura-se compreender o modo como os mesopotâmios, e particularmente os babilónios, estruturavam a sua noção de tempo, articulando o mês lunar com um ano solar. Por outro lado, eram várias as formas de datar os acontecimentos e essas tradições coexistiram ao longo do tempo. O calendário era determinado com grande precisão, uma vez que era fundamental não apenas para orientar a vida económica e social dos mesopotâmios como o era também para enquadrar com precisão e rigor o culto.
O calendário mesopotâmico possuía 12 meses lunares, de 29 ou 30 dias.
Coexistiram diversos calendários e tradições na Mesopotâmia. Terão sido os sumérios os pioneiros na fixação de um calendário luni-solar, pelo menos a partir de cerca de 2700 a.C. O sistema que tenderá a tornar-se standard é, no entanto, o calendário que tem origem na tradição de Nippur e que será adoptado na Babilónia por Hammurabi, no séc. XVIII a.C. O ano solar adaptava-se à passagem das estações e aos ritmos agrícolas mas a duração do mês correspondia ao ciclo lunar.
Coincidência entre um ano solar ou trópico e os doze meses lunares ou sinódicos forçou a introdução de intercalações destinadas a corrigir e a compensar, periodicamente, esse hiato que se ia aprofundando de ano para ano. Enquanto que o ano trópico corresponde a 365 dias, o ano lunar fica-se pelos 354. Progressivamente, essa diferença acabava por produzir desajustamentos que eram resolvidos através da introdução de um mês suplementar que compensava esse hiato temporal, repondo a regularidade e a correspondência entre o calendário e a ordem natural das estações e do ciclo agrícola.