como funciona a educação financeira nas escolas do estado Unidos?
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Resposta: A grande maioria dos professores do ensino básico nos Estados Unidos (K-12, como é chamado pelos americanos) não traz a educação financeira em seu currículo, de acordo com um estudo realizado pela PricewaterhouseCoopers. A pesquisa mostrou também que apenas 12% deles ensinam finanças pessoais para seus alunos.
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Resposta:
Como usar de forma responsável o cartão de crédito? É realmente necessário fazer um empréstimo bancário? Quando se deve hipotecar uma casa? Os norte-americanos, em geral, têm dificuldades em lidar com essas questões básicas sobre finanças pessoais. Isso é o que revelou uma pesquisa global, publicada o ano passado, que apontou os Estados Unidos como o 14º do mundo no ranking de conhecimentos financeiros, atrás de países escandinavos, Canadá, República Checa e outros. O estudo sugeriu que a sala de aula poderia ser parte desse problema.
A grande maioria dos professores do ensino básico nos Estados Unidos (K-12, como é chamado pelos americanos) não traz a educação financeira em seu currículo, de acordo com um estudo realizado pela PricewaterhouseCoopers. A pesquisa mostrou também que apenas 12% deles ensinam finanças pessoais para seus alunos. Mas 92% acreditam que o tema deveria ser incluído na grade escolar. Mas nem todos se sentem confiantes em lecionar sobre o tema. Apenas 31% dos entrevistados disseram que se sentem completamente confortáveis em ensinar sobre finanças, mas a grande maioria afirmou que não tem base suficiente ou materiais didáticos para desenvolver o assunto em sala de aula.
A pesquisa também revelou que muitos educadores acham que as crianças podem passar de ano sem aprender sobre finanças pessoais. Cerca de 62% dos professores declararam que não acreditam que a educação financeira seja uma habilidade importante para a vida universitária ou a futura carreira.
Jovens estudantes têm dificuldades em lidar com dinheiro
Sem esse embasamento financeiro, como os jovens lidam com suas finanças pessoais? Nos EUA, a dívida de estudantes cresceu para mais de US $ 1 trilhão. E mais de um quarto dos 42 milhões de norte-americanos que fizeram empréstimos para pagar cursos de ensino superior estão com suas mensalidades atrasadas ou inadimplentes.
É bem diferente dos jovens de outros países. Uma pesquisa realizada, em 2014, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico revelou que estudantes norte-americanos de 15 anos de idade sabiam menos sobre finanças pessoais do que jovens da mesma faixa etária de outras oito nações.
Há vários exemplos bacanas de países que investiram em programas educacionais sobre finanças. Na Inglaterra, por exemplo, desde 2014, as crianças aprendem sobre gestão de dinheiro. Na Holanda, o governo criou parcerias com empresas prestadoras de serviços financeiros, que enviam especialistas no assunto para ensinar sobre finanças pessoas no ambiente escolar.
E como será no futuro?
Já existem alguns sinais de que a situação irá melhorar nos Estados Unidos. Uma pesquisa do U.S. The PwC apontou que 62% dos professores que fazem parte da geração do milênio (geração Y – nascidos na década de 80) acreditam que a educação financeira deve começar no ensino primário (o equivalente ao primeiro grau no Brasil), e 47% acham que deve ser iniciada em sala de aula e também ter a colaboração dos pais em casa.
Os professores que não fazem parte da geração do milênio pensam diferente. Cerca de 51% deles disseram que a educação financeira deve começar em casa e ser apoiada por lições ensinadas na escola. E 42% afirmaram que esse ensinamento deveria começar na escola, com aulas adicionais em casa.
Educação financeira e consumo consciente
O Instituto Akatu acredita que é essencial mostrar ao jovem o valor do dinheiro, discutindo com ele o que de fato é importante. Isso pode ser a porta de entrada para uma reflexão mais ampla. Uma questão que pode ser trabalhada com o adolescente é: Quer ter mais coisas ou viver melhor? É importante trazer essa reflexão para o jovem, para que ele veja que a escolha de estilos mais sustentáveis é um caminho possível. A questão não é não consumir, porque consumir faz parte da nossa vida. A questão é o que escolhe consumir, para que consome, o que isso traz de valores e benefícios para além do uso imediato.
É preciso colocar uma corresponsabilidade para o jovem. Não é necessário ficar repetindo o que é certo ou errado, mas pode oferecer possibilidades de escolha e mostrar que ele é responsável. Definir um orçamento ou uma mesada e deixar que ele escolha dentro desse limite. Isso é importante para a formação financeira do jovem e vai levá-lo a pensar: Vou comprar o supercaro e ficar sem dinheiro? Ou um mais barato, que também acho legal, e consigo fazer outras coisas? Ele se responsabiliza pelas escolhas.
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