Como foi o fim do Governo Tzarista?
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Na madrugada do dia 5 de agosto de 1954, ao voltar de um comício, o jornalista Carlos Lacerda, que fazia ferrenha oposição ao governo federal denunciando atos de corrupção e outros desmando do presidente e de familiares seus, foi alvejado na porta de sua casa, na rua Toneleros 180, em Copacabana. O atentado resultou na morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz, integrante de um grupo de oficiais da Aeronáutica que dava proteção a Lacerda, que escapou com um ferimento no pé. No dia seguinte, o presidente do Clube de Aeronáutica, brigadeiro Inácio de Loiola Daher, convocou uma reunião que contou com a presença de cerca de seiscentos oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, da qual resultou um comunicado exigindo a completa apuração do atentado.
A crise político-militar que já se delineava foi agravada logo no início das investigações, a cargo da polícia civil: no dia 7 de agosto, o motorista de táxi Nélson Raimundo de Sousa - que informara à polícia que o autor do crime havia fugido em seu carro - prestou depoimento incriminando um membro da guarda pessoal de Getúlio, Climério Euribes de Almeida.
No dia 12, Lacerda lançou um editorial na Tribuna da Imprensa exortando as forças armadas a exigirem a renúncia de Vargas. As dimensões assumidas pelo episódio levaram o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Nero Moura, a autorizar, nesse mesmo dia, a instauração de um IPM. A partir daí, as investigações foram conduzidas com total autonomia e os interrogatórios e depoimentos passaram a ser realizados na base aérea do Galeão, o que deu origem à expressão "República do Galeão". No dia 13 de agosto, soldados da Aeronáutica prenderam Alcino João do Nascimento, que prestou depoimento confessando a autoria do crime e implicando Climério Euribes de Almeida e Lutero Vargas, filho do presidente, em sua preparação.
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