como foi a escravidão no Espírito Santo
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Resposta:
Em 9 de julho de 1879, a Tesouraria Geral do Espírito Santo registrou o pagamento de “300 mil Reis” com o qual a escrava Firminiana requereu a sua alforria. Este e outros documentos que permitem conhecer a história dos negros no território capixaba no que se refere às ações e negociações para a liberdade compõem o Fundo “Juízo de Direito da Comarca de Vitória”. O acervo, formado por 56 livros e 13 caixas, passou por uma organização e elaboração de um instrumento de pesquisa pela equipe do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES).
O material é formado por processos provenientes dos juízes municipais, de órfãos e ausentes e da sociedade civil nos anos de 1832 a 1921. Por meio do Fundo é possível analisar importantes aspectos da história social do Espírito Santo e as relações estabelecidas entre os moradores da capital. A historiadora Adriana Pereira Campos, no artigo “Escravidão e Liberdade nas Barras dos Tribunais”, no qual utiliza este tipo de documentação para analisar o passado da escravidão e informar elementos ainda desconhecidos sobre esta realidade, destaca que a concessão jurídica da liberdade na sociedade escravista brasileira constitui um rico campo de investigação sobre a prática efetiva do Direito Civil. “A instituição da alforria obteve expressão legal por intermédio da Lei do Ventre Livre. Oficializava-se assim, entre os escravos, o costume de reunir uma soma em dinheiro para a compra da liberdade” afirma.
Resposta:
Resumo: Este estudo analisa a participação dos africanos na população escrava do Es-
pírito Santo no século XIX. A partir de relatórios de presidente de Província, recensea-
mentos e correspondências de secretários de Estado e de chefes de polícia, constatou-se
crescimento vertiginoso de cativos no período, com concentração de africanos no sul da
Província – grande reduto da lavoura cafeeira – bem como a prática do comércio ilegal
de africanos, com desembarques nas praias do Espírito Santo entre 1850 e 1856. No que
concerne aos parâmetros das relações sociais construídas pelos africanos na região sul,
observou-se que as comunidades formadas assumiram características específicas, com ten-
dências a fecharem-se entre si