como foi a economia do pau Brasil ?
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os indígenas cortavam a arvore em troca de um instrumento essa troca se chamava escambo
Antes da efetiva colonização do Brasil, que começou, de fato, na década de 1530 com a montagem do sistema mercantilista, o produto que trouxe maior rentabilidade aos aventureiros, navegantes e primeiros colonos que aqui se instalaram foi o pau-brasil.
O interesse na extração e comercialização do pau-brasil, ou Caesalpina echinata, como é conhecido cientificamente, resultou de duas características principais inerentes a esse vegetal: 1) as propriedades de tingimento de tecidos, que vêm da sua coloração avermelhada; 2) sua madeira resistente, que servia para a confecção de vários artigos, desde instrumentos musicais até móveis.
A extração do pau-brasil contava com a mão de obra indígena e, já em torno do ano de 1503, o negócio que girava em torno dessa extração apresentava uma enorme infraestrutura. Os índios eram encarregados de derrubar as madeiras, separá-las em partes e conduzi-las para as casas dos feitores, onde eram guardadas, sendo, posteriormente, encaminhadas para os navios. Como escambo, os índios recebiam as bugigangas e as peças manufaturadas que os portugueses traziam da Europa.
Portugal outorgava a alguns exploradores a possibilidade de monopolizar o comércio de pau-brasil. As feitorias eram a base de controle do monopólio, pois, além de terem a função de armazenamento, também funcionavam como o primeiro estágio de triagem da quantidade de produto extraído, que tinha como destino a coroa portuguesa. Dessa forma, possuíam uma função estratégica importante.