História, perguntado por Usuário anônimo, 11 meses atrás

Como foi a administração dr Maurício de Nassau? Comentem​

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Respondido por grasirossi5
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    Mauricio de Nassau foi um Holandês de origem Alemã, Johann Mauritius (João Maurício) Van Nassau-Siegen, nasceu no Castelo de Dillemburg, na Alemanha, em 17 de junho de 1604. Era de uma familia tradicional da nobreza, primogênito do segundo casamento de Dom João VII, de Nassau.  

     Iniciou seus estudos formais na Universidade de Basileia, com 10 anos de idade, em 1616 entrou no Collegium Mauritianum. Casou-se com a princesa de Holstein-Sonderburg, Margarida de Holstein. Mauricio ingressou na carreira militar em 1621, a serviço dos países baixos durante a Guerra dos Trinta Anos, com 16 anos. Em 1626 foi promovido a Capitão e, em 1629, a Coronel.

      Em 1632, iniciou a construção de seu palácio em Haia, a luxuosa Mauritshuis, hoje um ponto turístico da cidade holandesa e projeto do famoso arquiteto Jacob Van Campen, entretanto esta obra veio a afetar os recursos financeiros de Nassau, que, por esse motivo, aceita o convite da "Companhia Holandesa das Índias Ocidentais" para administrar a colônia holandesa no Brasil em 1636-1637. No dia 23 de janeiro de 1637, Nassau desembarca no porto do Recife. Com ele vieram artistas e intelectuais como o pintor Franz Post e o humanista Elias-Heckman, o astrônomo Marcgraff, o naturalista Piso, e mais 350 soldados, com o título de governador e comandante-chefe, além de uma excelente remuneração.

      Com 32 anos, o príncipe alemão chegou para conquistar a colônia que os holandeses esperavam construir nos trópicos. Organizado militarmente, Nassau expulsou os hispano-portugueses para além do Rio São Francisco. Construiu na margem do rio, em Penedo, um forte que recebeu seu nome. Conquistou as áreas de planície inundadas anualmente pelo rio, para a criação do gado, diante da necessidade de escravos negros para os canaviais pernambucanos, e sabendo que o tráfico era rendoso, Nassau conquistou o forte da Mina no Golfo de Guiné, a Ilha de São Tomé e a cidade de Luanda na África.

     Em 1638, organizou uma grande expedição contra a Bahia, mas amargou sua primeira derrota. Com o apoio de grupos indígenas locais, conseguiu estender o domínio holandês para o Ceará e o Maranhão, em 1640, Portugal já livre do domínio espanhol, consegue restaurar a dinastia portuguesa e se torna aliado da Holanda, para enfrentar a Espanha. Em 1642, Nassau já governava de Sergipe até o Maranhão.

     Na cidade do Recife, os calvinistas membros do governo, os católicos e os comerciantes judeus, com sua sinagoga na Rua dos Judeus (hoje Rua do Bom Jesus), a primeira no Brasil, conviviam com certa liberdade, a Companhia das Índias Ocidentais, com os seus monopólios e numerosos comerciantes, sobretudo judeus, importavam produtos da Europa e negros da África para serem vendidos aos senhores de engenho e exportava o açúcar, fumo, algodão, couro etc.

     Porém, em 30 de setembro de 1643, Maurício de Nassau recebe a "Carta de dispensa dos Estados Gerais" e parte numa esquadra de treze naus com uma carga avaliada em 2,6 milhões de florins, levando para seu palácio de Haia, objetos e pinturas que adornavam seu palácio no Brasil e a promessa de cargos importantes na Europa.

    Regressa aos Países Baixos em 1644, sendo elevado a General de Cavalaria e nomeado Comandante da Guarnição de Wesel, logo que retornou aos Países Baixos, o príncipe Maurício de Nassau foi promovido a general de cavalaria, sendo nomeado comandante da guarnição de Wezel.Depois da saída do conde Maurício de Nassau, do Brasil, a Companhia das Índias Ocidentais passou a fazer forte pressão sobre os senhores de engenho sob a ameaça de confisco da propriedade.

      A revolta contra os holandeses que já havia sido iniciada em 1642, no Maranhão, ganhou verdadeiro caráter revolucionário em Pernambuco em 1645, liderada pelo paraibano André Vidal de Negreiros, pelo rico português e senhor de engenho João Fernandes Vieira, por Henrique Dias e pelo índio Poti (mais tarde, Filipe Camarão), essa luta ficou conhecida como a "Insurreição Pernambucana".  

    Depois de memoráveis batalhas: a do Monte das Tabocas (1645), a dos Guararapes (1648 e 1649), veio finalmente a rendição dos holandeses na Campina do Taborda em 1654.

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