como estava camelot (acho que è assim que se escreve - Rei Arthur) sem um rei para governa-la?
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Poucos personagens são tão cheios de charme e mistério quanto o rei Arthur da Bretanha. Seu nome evoca sabedoria, justiça, igualdade e, claro, uma boa dose de misticismo e poderes sobrenaturais. Ao falar dele, imediatamente vêm à mente os lendários cavaleiros da Távola Redonda e a busca pelo Santo Graal – que compõem nosso imaginário desde que o mundo é mundo.
Se Arthur Pendragron, o rei Arthur, existiu mesmo, isso até hoje ninguém conseguiu provar. De acordo com os registros, é muito difícil diferenciar o que foi mito e o que foi realidade a respeito desse bravo guerreiro que teria nascido na Bretanha por volta do final do século 5º, uma época em que os bretões viviam em guerra para defender seu território dos saxões, povo bárbaro germânico do leste. Naquele tempo, a Grã-Bretanha nada tinha do Reino Unido que conhecemos hoje. Era um território fragmentado, onde os bretões eram os que mais manobravam para tentar a unificação política de seu país.
O cenário também contava com um certo conflito religioso: na região, o catolicismo exacerbado da Idade Média misturava-se à religião pagã wicca, largamente difundida nas florestas locais. Isso acabava por criar um sincretismo semelhante ao que vemos hoje no candomblé do Brasil. Com essa mistura de divindades, uma população cansada de tanta violência e uma tradição baseada nos contos fantásticos transmitidos pela oralidade, o terreno era propício para o aparecimento de lendas de salvadores da pátria encantados.
Pois foi com esse pano de fundo que Arthur teria vindo ao mundo. Segundo escritos do clérigo Geoffrey de Monmouth, de 1136, o mago Merlin – outro que também não tem sua existência histórica comprovada – arranjou um encontro amoroso entre Ulther Pendragon, rei bretão responsável por liderar uma das resistências aos saxões, com a duquesa da Cornualha. Da união teria nascido Arthur, finamente educado por Merlin para tornar-se soberano. O mestre ensinava ao menino toda sorte de conhecimentos – de línguas à matemática, passando pela astrofísica e artes manuais.
O rei
Arthur teria se tornado rei aos 15 anos, brandindo uma poderosa espada chamada Excalibur. Se Arthur foi rei mesmo, não se sabe ao certo. Mas há indícios de que ele foi, sim, um grande líder de batalhas, um comandante com talento especial para reunir tropas contra os saxões. Sua lenda começa justamente a partir de uma lista de 12 batalhas que ele teria vencido, das quais apenas duas foram identificadas pelos historiadores. A partir desses 12 confrontos é que foram estabelecidos 50 anos de paz sob o trono de Arthur, no controverso reino chamado Camelot – provavelmente localizado na colina de Cadbury, em Somerset, condado no sudoeste da Inglaterra. Por trazer a paz para a região, por seu senso de justiça e humanidade, Arthur começou a povoar o imaginário popular.
Assim que subiu ao trono, Arthur teria escolhido a princesa Guinevere para ser sua esposa – mesmo contrariando as advertências de Merlin, que dizia que a moça um dia iria traí-lo. Como dote, Arthur recebeu do pai da moça a grandiosa Távola Redonda, junto com cem cavaleiros.
Consta que Guinevere teve um tórrido romance com Lancelot, um dos principais cavaleiros de Arthur. Mas o rei também não era um santo: teve diversos filhos bastardos, incluindo um com sua meia-irmã, a fada Morgana, que teria sido parceira de Merlin em suas feitiçarias e afins.
Entre os bravos guerreiros de Arthur, havia 12 que ocupavam a mais alta patente. Eles costumavam reunir-se na tal Távola Redonda, uma mesa circular feita propositalmente para mostrar que todos eram iguais perante o rei. Esses cavaleiros participaram das mais fantásticas aventuras, que incluíam doses de magia e poderes sobrenaturais. A história mais famosa é a da procura pelo Santo Graal: Arthur e seus cavaleiros estavam reunidos em volta da Távola Redonda, na vigília de Pentecostes, quando um trovão e um relâmpago teriam precedido uma visão do Santo Graal, que surgiu coberto com um rico pano branco, flutuando na sala. Arthur recebeu a mensagem de Merlin e ordenou uma procura desenfreada pelo cálice sagrado.
A morte
Segundo Geoffrey de Monmouth, Arthur teria, com sua espada, conseguido devolver à Bretanha a dignidade e estabelecer uma grande corte. O problema é que foi traído por Mordred, seu filho com Morgana, e um de seus cavaleiros. Mordred teria conspirado com os saxões e ferido Arthur gravemente numa batalha. Os cavaleiros levaram então o rei para a mítica ilha de Avalon, onde foram recebidos pela fada Morgana. “Ela deitou o rei sobre um leito dourado em seus aposentos, descobriu o ferimento com suas nobres mãos e examinou-o longamente. Finalmente, ela disse que só poderia curá-lo se ele permanecesse ali por um longo período e aceitasse seu tratamento”, escreveu Monmouth. Assim, o autor medieval pôs combustível na lenda de que Arthur ainda vive, adormecido na ilha de Avalon.
Se Arthur Pendragron, o rei Arthur, existiu mesmo, isso até hoje ninguém conseguiu provar. De acordo com os registros, é muito difícil diferenciar o que foi mito e o que foi realidade a respeito desse bravo guerreiro que teria nascido na Bretanha por volta do final do século 5º, uma época em que os bretões viviam em guerra para defender seu território dos saxões, povo bárbaro germânico do leste. Naquele tempo, a Grã-Bretanha nada tinha do Reino Unido que conhecemos hoje. Era um território fragmentado, onde os bretões eram os que mais manobravam para tentar a unificação política de seu país.
O cenário também contava com um certo conflito religioso: na região, o catolicismo exacerbado da Idade Média misturava-se à religião pagã wicca, largamente difundida nas florestas locais. Isso acabava por criar um sincretismo semelhante ao que vemos hoje no candomblé do Brasil. Com essa mistura de divindades, uma população cansada de tanta violência e uma tradição baseada nos contos fantásticos transmitidos pela oralidade, o terreno era propício para o aparecimento de lendas de salvadores da pátria encantados.
Pois foi com esse pano de fundo que Arthur teria vindo ao mundo. Segundo escritos do clérigo Geoffrey de Monmouth, de 1136, o mago Merlin – outro que também não tem sua existência histórica comprovada – arranjou um encontro amoroso entre Ulther Pendragon, rei bretão responsável por liderar uma das resistências aos saxões, com a duquesa da Cornualha. Da união teria nascido Arthur, finamente educado por Merlin para tornar-se soberano. O mestre ensinava ao menino toda sorte de conhecimentos – de línguas à matemática, passando pela astrofísica e artes manuais.
O rei
Arthur teria se tornado rei aos 15 anos, brandindo uma poderosa espada chamada Excalibur. Se Arthur foi rei mesmo, não se sabe ao certo. Mas há indícios de que ele foi, sim, um grande líder de batalhas, um comandante com talento especial para reunir tropas contra os saxões. Sua lenda começa justamente a partir de uma lista de 12 batalhas que ele teria vencido, das quais apenas duas foram identificadas pelos historiadores. A partir desses 12 confrontos é que foram estabelecidos 50 anos de paz sob o trono de Arthur, no controverso reino chamado Camelot – provavelmente localizado na colina de Cadbury, em Somerset, condado no sudoeste da Inglaterra. Por trazer a paz para a região, por seu senso de justiça e humanidade, Arthur começou a povoar o imaginário popular.
Assim que subiu ao trono, Arthur teria escolhido a princesa Guinevere para ser sua esposa – mesmo contrariando as advertências de Merlin, que dizia que a moça um dia iria traí-lo. Como dote, Arthur recebeu do pai da moça a grandiosa Távola Redonda, junto com cem cavaleiros.
Consta que Guinevere teve um tórrido romance com Lancelot, um dos principais cavaleiros de Arthur. Mas o rei também não era um santo: teve diversos filhos bastardos, incluindo um com sua meia-irmã, a fada Morgana, que teria sido parceira de Merlin em suas feitiçarias e afins.
Entre os bravos guerreiros de Arthur, havia 12 que ocupavam a mais alta patente. Eles costumavam reunir-se na tal Távola Redonda, uma mesa circular feita propositalmente para mostrar que todos eram iguais perante o rei. Esses cavaleiros participaram das mais fantásticas aventuras, que incluíam doses de magia e poderes sobrenaturais. A história mais famosa é a da procura pelo Santo Graal: Arthur e seus cavaleiros estavam reunidos em volta da Távola Redonda, na vigília de Pentecostes, quando um trovão e um relâmpago teriam precedido uma visão do Santo Graal, que surgiu coberto com um rico pano branco, flutuando na sala. Arthur recebeu a mensagem de Merlin e ordenou uma procura desenfreada pelo cálice sagrado.
A morte
Segundo Geoffrey de Monmouth, Arthur teria, com sua espada, conseguido devolver à Bretanha a dignidade e estabelecer uma grande corte. O problema é que foi traído por Mordred, seu filho com Morgana, e um de seus cavaleiros. Mordred teria conspirado com os saxões e ferido Arthur gravemente numa batalha. Os cavaleiros levaram então o rei para a mítica ilha de Avalon, onde foram recebidos pela fada Morgana. “Ela deitou o rei sobre um leito dourado em seus aposentos, descobriu o ferimento com suas nobres mãos e examinou-o longamente. Finalmente, ela disse que só poderia curá-lo se ele permanecesse ali por um longo período e aceitasse seu tratamento”, escreveu Monmouth. Assim, o autor medieval pôs combustível na lenda de que Arthur ainda vive, adormecido na ilha de Avalon.
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