Como eram realizadas as fugas dos escravos em Sergipe: por favor me ajudar ksksk
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Resposta:As fugas femininas tinham peculiaridades inerentes às suas condições. O estado de gravidez era uma delas. Tal situação causaria transtornos a uma fugitiva. Mesmo assim, em 1853, Antônia, escrava de Pedro d’Alcântara Sales, fugiu ‘por demais prenhe’ da cidade de São Cristóvão.
Supomos que Antônia esperava criar seu rebento distante do jugo da escravidão. Ou talvez fugira para juntar-se ao pai da criança que possivelmente seria um quilombola; tão comum nas matas sergipanas desde o século XVII. A intimidade entre Antônia e um quilombola não seria impossível, pois os escravos fugidos mantinham uma rede de solidariedade com moradores de engenhos e povoados, livres ou cativos, dos quais recebiam alimentos, armas, roupas, ferramentas e, com certeza, algum carinho.
Sobre as relações entre quilombolas, senhores e seus escravos, um chefe de polícia relatou, em 1873, que alguns proprietários permitiam não só que os aquilombados se escondessem em suas terras, como também não impediam que eles se relacionassem com seus escravos no engenho. Portanto, ao fugir de São Cristóvão, o paradeiro da escrava ‘por demais prenhe’, Antônia, poderia ser um quilombo ou uma senzala de algum senhor mais tolerante.