História, perguntado por thee85, 1 ano atrás

Como eram educadas as meninas na Alemanha nazista?

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Respondido por nathyelesilva165
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Boa Tarde!

política educacional na Alemanha nazista, além de transmitir aos alunos o conhecimento teórico, também os treinava política e militarmente. Em 30 de abril de 1934, Bernhard Rust, foi nomeado Ministro da Ciência, Educação e Cultura do Reich, amigo de Hitler e fanático nazista, demitido anteriormente do cargo de mestre-escola provincial por debilidades mentais. As escolas alemãs foram rapidamente nazificadas, os professores eram defensores ou membros do partido nazista, muitos foram treinados para transmitir a ideologia nazista. A Lei do Funcionalismo Civil de 1937 dizia que os professores deviam defender as ideias nazistas e todos os professores juraram fidelidade a Adolf Hitler.

Durante a República de Weimar, as escolas públicas da Alemanha estavam sob o controle das cidades, e as universidades, dos estados. No regime nazista, todas as instituições de ensino não-privadas ficaram submetidas ao controle de Bernhard Rust, ministro da Ciência, Educação, e Cultura Nacional. Rust indicava os reitores e decanos das universidades, os quais eram eleitos formalmente pelos professores das faculdades. Ele também designava os dirigentes das uniões estudantis universitárias, às quais todos os estudantes deviam pertencer; e ainda das uniões de lentes, que abrangiam todos os professores. A Associação Nacional-Socialista dos Lentes Universitários, sob a firme liderança dos nazistas, tinha um papel decisivo na seleção de quem devia ensinar e verificação de se o ensino ministrado estava em conformidade com o nazismo.[1]

Como os nazistas consideravam as crianças o futuro do Reich, e o futuro que essas crianças construiriam era o que estava escrito no Mein Kampf, os professores eram instruídos a ensinar as crianças de modo que elas estivessem de acordo com os princípios educacionais, culturais e morais nazistas. O ensino das "ciências raciais" (em alemão Rassenkunde) dizia que a raça ariana era a raça superior, raça que deveria ter sempre em mente a sua soberania, e ao mesmo tempo compaixão por quase todas as outras raças - os judeus, ditos inferiores, deveriam ser tratados com desprezo. O ensino das ciências naturais deteriorou-se rapidamente. Começou a ser ensinado "física alemã", "química alemã" e "matemática alemã", aplicando-se o nazismo em todas as ciências. A resistência à nazificação da educação foi relativamente pequena, embora alguns poucos tenham se demitido e fugido da Alemanha. Estima-se que 2.800 professores e instrutores - um quarto do total - foram demitidos nos primeiros cinco anos do regime. A maior parte desse número era constituída de professores judeus que se mudaram para fugir do regime.

O professor Rudolf Tomaschek, diretor do "Instituto de Física de Dresden" disse "A física moderna é um instrumento judaico para a destruição da ciência nórdica (…) A verdadeira física é produto do espírito alemão (…) Na realidade, toda a ciência europeia é criação do ariano". Johannes Stark, diretor do "Instituo Nacional Alemão de Ciências Físicas" também pensava dessa forma, dizendo que "os fundadores das pesquisas na física moderna e os grandes descobridores, de Galileu e Newton até os pioneiros da física moderna, foram quase exclusivamente arianos". O professor Wilhelm Müller, do "Colégio Técnico de Aachen" disse que a teoria da relatividade de Einstein fazia parte de uma conspiração judaica para destruir a civilização. O professor Ludwig Bieberback da Universidade de Berlim, também via Eisntein como um charlatão e acreditava que somente à física ariana era a verdadeira.[2] Depois de seis anos o número de estudantes universitários caiu de 127.920 para 58.325. Nos institutos de tecnologia, as inscrições caíram de 20.474 para 9.554. Em torno de 1937 o nível educacional e acadêmico da Alemanha tinha caído rapidamente.


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