Ed. Física, perguntado por Usuário anônimo, 10 meses atrás

como era o trabalho de reabilitação dos países subdesenvolvidos com pessoas sequeladas das guerras

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Respondido por sarahsamillysoares
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Resposta:

ix

A de!ciência não precisa ser um obstáculo para o sucesso. Durante praticamente toda a minha

vida adulta sofri da doença do neurônio motor. Mesmo assim, isso não me impediu de ter uma

destacada carreira como astrofísico e uma vida familiar feliz.

Ao ler o Relatório Mundial sobre a De!ciência, encontro muitos aspectos relevantes para a

minha própria experiência. Pude ter acesso à assistência médica de primeira classe. Tenho o apoio

de uma equipe de assistentes pessoais que me possibilita viver e trabalhar com conforto e dignidade.

A minha casa e o meu lugar de trabalho foram tornados acessíveis para mim. Especialistas em infor-

mática puseram à minha disposição um sistema de comunicação de assistência e um sintetizador de

voz que me permitem desenvolver palestras e trabalhos, e me comunicar com diferentes públicos.

Mas sei que sou muito sortudo, em muitos aspectos. Meu sucesso em física teórica me assegura

apoio para viver uma vida que vale a pena. É claro que a maioria das pessoas com de!ciência no

mundo tem extrema di!culdade até mesmo para sobreviver a cada dia, quanto mais para ter uma

vida produtiva e de realização pessoal.

Este Relatório Mundial sobre a De!ciência é muito bem-vindo. Ele representa uma contribuição

muito importante para a nossa compreensão sobre a de!ciência e o seu impacto sobre os indivíduos

e a sociedade. Ele destaca as diversas barreiras enfrentadas pelas pessoas com de!ciência: atitudi-

nais, físicas, e !nanceiras. Está ao nosso alcance ir de encontro a estas barreiras.

De fato, temos a obrigação moral de remover as barreiras à participação e de investir recursos

!nanceiros e conhecimento su!cientes para liberar o vasto potencial das pessoas com de!ciência.

Os governantes de todo o mundo não podem mais negligenciar as centenas de milhões de pessoas

com de!ciência cujo acesso à saúde, reabilitação, suporte, educação e emprego tem sido negado, e

que nunca tiveram a oportunidade de brilhar.

O relatório faz recomendações para iniciativas nos níveis local, nacional e internacional. Assim,

será uma ferramenta valiosa para os responsáveis pela elaboração de políticas públicas, pesquisa-

dores, pro!ssionais da medicina, defensores e voluntários envolvidos com a questão da de!ciência.

É minha esperança que, a começar pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De!ciência,

e agora com a publicação do Relatório Mundial sobre a De!ciência, este século marque uma revi-

ravolta na inclusão de pessoas com de!ciência na vida da sociedade.

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