como era o trabalho de reabilitação dos países subdesenvolvidos com pessoas sequeladas das guerras
Soluções para a tarefa
Resposta:
ix
A de!ciência não precisa ser um obstáculo para o sucesso. Durante praticamente toda a minha
vida adulta sofri da doença do neurônio motor. Mesmo assim, isso não me impediu de ter uma
destacada carreira como astrofísico e uma vida familiar feliz.
Ao ler o Relatório Mundial sobre a De!ciência, encontro muitos aspectos relevantes para a
minha própria experiência. Pude ter acesso à assistência médica de primeira classe. Tenho o apoio
de uma equipe de assistentes pessoais que me possibilita viver e trabalhar com conforto e dignidade.
A minha casa e o meu lugar de trabalho foram tornados acessíveis para mim. Especialistas em infor-
mática puseram à minha disposição um sistema de comunicação de assistência e um sintetizador de
voz que me permitem desenvolver palestras e trabalhos, e me comunicar com diferentes públicos.
Mas sei que sou muito sortudo, em muitos aspectos. Meu sucesso em física teórica me assegura
apoio para viver uma vida que vale a pena. É claro que a maioria das pessoas com de!ciência no
mundo tem extrema di!culdade até mesmo para sobreviver a cada dia, quanto mais para ter uma
vida produtiva e de realização pessoal.
Este Relatório Mundial sobre a De!ciência é muito bem-vindo. Ele representa uma contribuição
muito importante para a nossa compreensão sobre a de!ciência e o seu impacto sobre os indivíduos
e a sociedade. Ele destaca as diversas barreiras enfrentadas pelas pessoas com de!ciência: atitudi-
nais, físicas, e !nanceiras. Está ao nosso alcance ir de encontro a estas barreiras.
De fato, temos a obrigação moral de remover as barreiras à participação e de investir recursos
!nanceiros e conhecimento su!cientes para liberar o vasto potencial das pessoas com de!ciência.
Os governantes de todo o mundo não podem mais negligenciar as centenas de milhões de pessoas
com de!ciência cujo acesso à saúde, reabilitação, suporte, educação e emprego tem sido negado, e
que nunca tiveram a oportunidade de brilhar.
O relatório faz recomendações para iniciativas nos níveis local, nacional e internacional. Assim,
será uma ferramenta valiosa para os responsáveis pela elaboração de políticas públicas, pesquisa-
dores, pro!ssionais da medicina, defensores e voluntários envolvidos com a questão da de!ciência.
É minha esperança que, a começar pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De!ciência,
e agora com a publicação do Relatório Mundial sobre a De!ciência, este século marque uma revi-
ravolta na inclusão de pessoas com de!ciência na vida da sociedade.