Sociologia, perguntado por elizete76, 1 ano atrás

como era o pensamento social na antiguidade idade média e moderna ​

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Respondido por WPJ
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O comunismo na Antiguidade, como verificamos principalmente na Grécia, visava objetivos de ordem política e material. Platão desejava um Estado ideal. Já o comunismo dos espartanos se propunha apenas criar uma comunidade de senhores, reinando sobre um povo de escravos.

O comunismo da Antiguidade assemelha-se ao comunismo moderno pelo fato de visar, como ele, objetivos de "natureza material”. O comunismo da Idade Média, pelo contrário, tem um caráter "mais religioso e moral que material”. Por esse motivo, um homem moderno compreende sempre melhor a Antiguidade que a Idade Média. De fato, o medo de pensar e de sentir da Idade Média nada tem de comum com a maneira de ser dos homens contemporâneos. O pensamento antigo e o pensamento moderno são racionais, lógicos, científicos. O pensamento medieval, pelo contrário, é irracional, ilógico, místico. Não estuda de maneira crítica os fatos da História, para, em seguida, procurar classificá-los rigorosamente no tempo e no espaço. Considera-os quase sempre como uma simples aparência, atrás da qual se escondem segredos divinos. O pensamento medieval não aceita as Santas Escrituras ao pé da letra, mas tenta interpretá-las de maneira simbólica, alegórica.

O homem moderno procura o triunfo material. O homem da Idade Média procura, sobretudo, valores eternos.

O comunismo medieval é um protesto, ao mesmo tempo moral e social, contra os progressos da economia privada, contra os excessos do poder temporal e do poder espiritual, que gradualmente repelem o direito natural, o Cristianismo primitivo e os velhos costumes das comunidades para um plano secundário.

É lícito dizer que na História do comunismo da Idade Média predominam quase exclusivamente as considerações de ordem moral e religiosa. Seu objetivo principal, nesse momento, é a luta contra o egoismo, para a supressão do mal e a instauração da justiça social.

Eis porque, na Idade Média, o comunismo pode ser definido como uma luta em prol da justiça social, baseada essencialmente na religião e na moral. Seus adeptos procuram mostrar que a pobreza é a base da vida, cristã. Sacrificam-se e sofrem martírios pela causa da pobreza. A História do comunismo na Idade Média vai nos fazer penetrar num mundo moral e religioso no qual os fatores materiais desempenham um papel inteiramente secundário. Os fatores espirituais, ao invés, aparecem aí como o elemento essencial.

Nascendo pela fusão da religião judaica com a filosofia de Alexandria, o Cristianismo transforma-se, no processo de desenvolvimento, no herdeiro do pensamento antigo, que ele, pouco a pouco, modifica integralmente. Todas as ideias da Antiguidade sobre a sociedade, o Estado, a moral, o direito e a economia, que não se opunham aos princípios do Cristianismo, foram por ele incorporadas e a seguir modificadas, de acordo com os seus próprios interesses. É assim que o Cristianismo se transforma numa verdadeira concepção do mundo, em que os elementos religiosos predominam. É como consegue exercer uma influencia cada vez maior na vida social

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