como era garantida a liberdade dos indígenas na região Amazônica
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Resposta:
O consenso de que a escravidão é negra e de que ela define a formação nacional não se restringe à historiografia brasileira e brasilianista. Tanto no Brasil como em outras tradições historiográficas, tratou-se de um paradigma construído ao longo de décadas e que associa escravidão ao tráfico de africanos, forjando um conceito incapaz de explicar contextos em que predominaram outras formas coloniais de exploração do trabalho. O objetivo deste artigo é mapear esse percurso teórico no Brasil e, a partir de investigação empírica focada na região amazônica, propor uma abordagem mais ampla da noção de escravidão.
palavras-chave:
Trabalho indígena; Escravidão; Amazônia
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A ocupação da região amazônica é um processo antigo. Quando os europeus chegaram no século XVI. a região já era habitada por um conjunto de sociedades hierarquizadas (povos indígenas), de alta densidade demográfica. O povoamento da região acompanhou os interesses da expansão do mercantilismo europeu, através dos núcleos de extração vegetal atrelados à economia primário - exportadora.
Em 1616, foi fundado o Forte do Presépio de Santa Maria de Belém, assinalando a partir desta data a presença de Portugal e dando início ao núcleo urbano, que viria a ser a cidade de Santa Maria de Belém. É eAddente que foram razões políticas que nortearam a fundação desta cidade. Neste sentido, os portugueses não se limitaram a espalhar feitorias e missões, também lutaram para expulsar os invasores (ingleses, irlandeses, franceses e holandeses), a fim de garantir a posse do território . Os portugueses, que já possuíam vivência colonial formada na África e índia passaram então a dominar os povos indígenas, fracamente organizados em termos de unidade política (SOUZA, 1994: 52/53).
Em 1621, foi criado o Estado do Maranhão e Grão - Pará com sede em São Luís. Como unidade administrativa separada do Brasil e subordinada à Lisboa, sofria dificuldades de comunicação e de transporte marítimo com a sede do Governo Geral do Brasil. A priori, esta separação foi meramente administrativa mas com o decorrer dos anos, veio a configurar uma profunda diferença entre as duas regiões, no âmbito político - económico. A atenção dessa abordagem recai basicamente sobre o Grão - Pará, ainda que unido administrativamente ao Maranhão até meados do séc. XVIII, dele se diferenciou economicamente no decorrer dos anos. No Maranhão predominou a cultura do algodão, diferente do extrativismo reinante no Pará (FARAGE, 1991:23/24).
Neste contexto, nos primeiros tempos da colonização do Maranhão e Grão - Pará, a partir da segunda década do séc. XVII, foi tentado o sistema PLANTATION, de modo análogo ao das outras capitanias do Brasil. Mas vários fatores contribuíram para que a incipiente produção da região, basicamente o açúcar e o tabaco, não entrassem no mercado exportador. Apontamos como principal fator, a falta de capital, pois a burguesia mercantil estava voltada para a produção açucareira de outras regiões do nordeste brasileiro, que ofereciam lucros seguros. A agricultura termina por
Mestra cm História pela Universidade Católica Aluíres Bello — Caracas/Venezuela. Professora assistente II ilo Departamento de História da UFRR.
33 Textos & Debates - n° 05
ficar efetivamente no Maranhão e nas áreas mais próximas ao delta do Amazonas (FARAGE, 1991:24/25).
Urge a necessidade de uma atividade económica rentável, para a conquista do vale amazônico, e foi na própria floresta que os colonos encontraram as "drogas do sertão", que requeriam um investimento de capital menor e tinham bom preço garantido no mercado externo. Eis aqui uma tentativa de listagem das referidas drogas (BATISTA, 1976:101/106).
Em 1616, foi fundado o Forte do Presépio de Santa Maria de Belém, assinalando a partir desta data a presença de Portugal e dando início ao núcleo urbano, que viria a ser a cidade de Santa Maria de Belém. É eAddente que foram razões políticas que nortearam a fundação desta cidade. Neste sentido, os portugueses não se limitaram a espalhar feitorias e missões, também lutaram para expulsar os invasores (ingleses, irlandeses, franceses e holandeses), a fim de garantir a posse do território . Os portugueses, que já possuíam vivência colonial formada na África e índia passaram então a dominar os povos indígenas, fracamente organizados em termos de unidade política (SOUZA, 1994: 52/53).
Em 1621, foi criado o Estado do Maranhão e Grão - Pará com sede em São Luís. Como unidade administrativa separada do Brasil e subordinada à Lisboa, sofria dificuldades de comunicação e de transporte marítimo com a sede do Governo Geral do Brasil. A priori, esta separação foi meramente administrativa mas com o decorrer dos anos, veio a configurar uma profunda diferença entre as duas regiões, no âmbito político - económico. A atenção dessa abordagem recai basicamente sobre o Grão - Pará, ainda que unido administrativamente ao Maranhão até meados do séc. XVIII, dele se diferenciou economicamente no decorrer dos anos. No Maranhão predominou a cultura do algodão, diferente do extrativismo reinante no Pará (FARAGE, 1991:23/24).
Neste contexto, nos primeiros tempos da colonização do Maranhão e Grão - Pará, a partir da segunda década do séc. XVII, foi tentado o sistema PLANTATION, de modo análogo ao das outras capitanias do Brasil. Mas vários fatores contribuíram para que a incipiente produção da região, basicamente o açúcar e o tabaco, não entrassem no mercado exportador. Apontamos como principal fator, a falta de capital, pois a burguesia mercantil estava voltada para a produção açucareira de outras regiões do nordeste brasileiro, que ofereciam lucros seguros. A agricultura termina por
Mestra cm História pela Universidade Católica Aluíres Bello — Caracas/Venezuela. Professora assistente II ilo Departamento de História da UFRR.
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ficar efetivamente no Maranhão e nas áreas mais próximas ao delta do Amazonas (FARAGE, 1991:24/25).
Urge a necessidade de uma atividade económica rentável, para a conquista do vale amazônico, e foi na própria floresta que os colonos encontraram as "drogas do sertão", que requeriam um investimento de capital menor e tinham bom preço garantido no mercado externo. Eis aqui uma tentativa de listagem das referidas drogas (BATISTA, 1976:101/106).
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