como era caracterizada a política na Mesopotâmia
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Explicação:
A Mesopotâmia foi povoada por diversas tribos que disputavam áreas de terras cultivadas, causando uma série de lutas constantes na região.
Os primeiros centros urbanos da Mesopotâmia surgiram quando os agricultores, povos das planícies, começaram a erguer redutos com o intuito de se proteger dos intensos ataques dos povos pastores das montanhas. Esse desenvolvimento urbano possibilitou a especialização de várias profissões e o aprimoramento tecnológico. No decorrer do tempo, as cidades mesopotâmicas começaram a se estabelecer em grandes centros de comércio, graças à influência de outras civilizações.
Os semitas nômades foram os primeiros habitantes da Mesopotâmia, eles que são povos provenientes do deserto da Arábia iniciaram um processo de drenagem dos pântanos e a cultivação do solo através da irrigação, até que foram reprimidos pelos sumérios, provenientes do leste.
A Mesopotâmia ficava entre os vales do Tigre e do Eufrates que proporcionavam a inundação do solo. Aproximadamente em 3500 a.C já se aplicava sistemas de irrigação e conseqüentemente a horticultura intensiva.
Podemos notar os problemas de drenagem da Mesopotâmia através de documentos históricos de um antigo Estado, a Assíria. Quando uma cidade tinha necessidade de um novo canal, o rei ordenava que seus súditos fossem trabalhar nas obras e mesmo após a conclusão do trabalho eles continuavam na cidade trabalhando para o rei. Com toda essa soberania em relação a uma construção comunal de um canal, o domínio do rei foi se fortalecendo, e logo seu poder se transformou em despotismo oficial.
Sumérios e acádios (2800 a 2000 a.C)
A primeira grande civilização da mesopotâmia foi criada pelos sumérios, que são povos provenientes da Ásia Central. Na Mesopotâmia eles desenvolveram métodos hidráulicos com o intuito de acumular a água que poderia ser utilizada em tempos de seca e para controlar as inundações dos dois rios impedindo o estrago das plantações.
Os sumérios estava organizado em cidades-Estados: Ur, Uruk, Nipur, Eridu e Lagash. Essas cidades eram unidades políticas caracterizadas como um Estado soberano, tendo total autonomia religiosa, política e econômica. Em cada cidade havia um governante denominado patesi que realizava diversas funções como chefe militar, primeiro-sacerdote e supervisor de obras hidráulicas.
Com o passar do tempo, as disputas entre as cidades sumerianas pelo poder político favoreceu a invasão de diversos povos semitas, provenientes do deserto da Arábia, que acabaram com a cultura sumeriana com o estabelecimento de algumas cidades ao redor do rio Tigre, uma delas era a Acad, que deu origem aos acádios.
O Primeiro Império Mesopotâmico se constituiu aproximadamente em 2330 a.C, quando o Rei Sargão (dos acádios) dominou plenamente as cidades sumérias.
Porém, em 2180 a.C o Império Acádio foi destruído com a invasão dos guti, provenientes do planalto iraniano. A cidade de Ur recuperou-se expulsando os invasores e estabelecendo o Império Sumério unificado. Mas este poder não durou muito porque em 2000 a.C ocorreu uma nova invasão, desta vez foi dos povos elamitas que acabaram de vez com a independência políticas sumeriana.
Mesopotâmia (do grego, entre os rios) ficava entre os rios Tigre e Eufrates, no território do atual Iraque. Apesar de atualmente não ser uma região muito especial, exceto pelo petróleo e os conflitos constantes, na época era um lugar muito privilegiado. Com cheias dos rios as terras eram fertilizadas pelo limo e húmus (material orgânico em decomposição). Os rios favoreciam a pesca e havia caça abundante e condições para criar animais nas margens dos rios.
Havia a necessidade da construção de diques para conter violentas enchentes, devido a isso precisava-se de planejamento e estocagem da produção, por isso organizou-se o Estado, como um meio de administrar essas necessidades. Os governantes aproveitaram-se da situação para enriquecerem.
Assim, as terras, que antes eram comunais, passaram a ser do Estado e, com o tempo, as elites guerreiras tomaram as melhores terras que o governo controlava. Essa elite associou-se a sacerdotes e grandes comerciantes, formando a classe exploradora.