Como era a sociedade e os costumes da época do romance regionalista?
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Resposta:
O Romance Regionalista é marcado pela busca do redescobrimento do Brasil e sua diversidade regional e cultural.
Constitui uma das mais importantes e frequentes na literatura brasileira, tem no vínculo direto com o real expressões utilizadas ainda hoje.
Características
Explora o nacionalismo literário, já encontrado no Indianismo, mas diferente das demais correntes do romantismo, não sofre as influências europeias.
É fruto da tomada de consciência dos valores específicos da cultura brasileira, está ligado às particularidades de grupos sociais em suas diferentes regiões.
Essa corrente do romantismo apresenta as especificidades de clima, costumes e língua diferentes entre si em um país que, por ter dimensões continentais, tem impressa a diversidade.
As obras que marcam o Romance Regionalista são apresentadas em folhetins, que eram capítulos apresentados de maneira periódica, quase sempre semanais, em jornais. Em comum têm a tentativa de fixar o que os autores consideram de verdadeiro no Brasil, o sertão e a paisagem intacta.
Influências
É a necessidade da busca do Brasil a principal influência do Romance Regionalista, considerado um dos mais difíceis estilos por não contar com referências anteriores.
Entre suas peculiaridades está o retrato do momento histórico relatado nos romances, com histórias do que classificam como verdadeiro povo brasileiro.
Obras
Entre as obras que marcam essa corrente literária está "O Ermitão de Muquém", de Bernardo Guimarães, publicado em 1865, sendo, cronologicamente, o primeiro a marcar o estilo. Nesse romance, Guimarães o interior de Minas Gerais e Goiás.
A obra mais conhecida do autor é, contudo, "A Escrava Isaura", romance onde ficam implícitas as posições abolicionistas de Guimarães.
Outra obra importante dessa corrente é "Inocência", de Visconde de Taunay, publicado em 1872. Carregado de elementos estéticos do Regionalismo, Inocência explora os costumes e a fala sertaneja, além da beleza exuberante e exótica do Brasil central.
O interior do país também está no protagonismo de "O Cabeleira", de Franklin Távola. Publicada em 1963, a obra retrata o cangaço no Nordeste brasileiro.