Como era a sociedade, cultura e cotidiano no Brasil Imperial?
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A chegada da Corte portuguesa ao Brasil foi responsável por várias mudanças econômicas e políticas, mas gerou, também, situações complicadas para os habitantes da cidade do Rio de Janeiro. A cidade não tinha condições, àquela altura, de comportar todos aqueles que chegavam de Portugal. Era ainda um centro urbano com características coloniais, assim como a maioria das cidades brasileiras, com ruelas estreitas, freqüentadas por negros de ganho, muita sujeira e pouco conforto para os que lá viviam e para os que lá se dirigiam. Não havia remoção de lixo, sistema de esgoto ou qualquer outra noção de higiene pública.
O Príncipe Regente instalou-se, com pompa e circunstância, na Casa dos Governadores, cedida pelo então vice-rei, D. Marcos de Noronha. Os nobres foram instalados no prédio da Cadeia e no Convento do Carmo. Entretanto, esses prédios eram claramente insuficientes para abrigar toda a comitiva de D. João que, então, ordenou que as melhores residências da cidade fossem desapropriadas para acolher os portugueses.
Era comum os sobrados, localizados no centro da cidade, amanhecerem com um aviso com as iniciais P.R. (Príncipe Regente) preso à porta, o que significava que a moradia havia sido desapropriada para abrigar membros da comitiva de D. João. Por isso a sigla P.R. ficou conhecida entre os moradores do Rio de Janeiro como “Ponha-se na Rua”.
Leia, a seguir, sobre as medidas tomadas pelo desembargador Petra com a chegada de D. João ao Rio de Janeiro.
“Os fidalgos que as instalações do Paço não puderam acolher ocuparam casas diversas, cujos proprietários e inquilinos foram coagidos a abandonar em virtude de uma velha lei das aposentadorias. Esta lei concedia ao rei o direito de requisitar qualquer residência para uso de um súdito seu [...]
Um dia, estava o desembargador Petra a meditar no sofrimento do povo, quando lhe entrou pela sala um fidalgo que o visitava pela quarta vez [...]
O desembargador Petra fez chamar sua senhora à sala, e apenas a viu chegar, disse-lhe:
- Apronte-se Sra. D. Joaquina, estamos em vésperas de separar-nos: este nobre fidalgo já me pediu a casa, depois mobília, agora criado; amanhã, provavelmente há de querer que eu lhe dê mulher, e como não tenho outra senão a senhora, e não há remédio senão servi-lo, apronte-se D. Joaquina, apronte-se!
O fidalgo saiu furioso e foi direto ao Príncipe Regente queixar-se da zombaria de que fora objeto; mas o desembargador Petra, interrogado pelo Príncipe, tais coisas disse as violências cessaram e o sistema de aposentadorias foi mais suavemente executado.
O Príncipe Regente instalou-se, com pompa e circunstância, na Casa dos Governadores, cedida pelo então vice-rei, D. Marcos de Noronha. Os nobres foram instalados no prédio da Cadeia e no Convento do Carmo. Entretanto, esses prédios eram claramente insuficientes para abrigar toda a comitiva de D. João que, então, ordenou que as melhores residências da cidade fossem desapropriadas para acolher os portugueses.
Era comum os sobrados, localizados no centro da cidade, amanhecerem com um aviso com as iniciais P.R. (Príncipe Regente) preso à porta, o que significava que a moradia havia sido desapropriada para abrigar membros da comitiva de D. João. Por isso a sigla P.R. ficou conhecida entre os moradores do Rio de Janeiro como “Ponha-se na Rua”.
Leia, a seguir, sobre as medidas tomadas pelo desembargador Petra com a chegada de D. João ao Rio de Janeiro.
“Os fidalgos que as instalações do Paço não puderam acolher ocuparam casas diversas, cujos proprietários e inquilinos foram coagidos a abandonar em virtude de uma velha lei das aposentadorias. Esta lei concedia ao rei o direito de requisitar qualquer residência para uso de um súdito seu [...]
Um dia, estava o desembargador Petra a meditar no sofrimento do povo, quando lhe entrou pela sala um fidalgo que o visitava pela quarta vez [...]
O desembargador Petra fez chamar sua senhora à sala, e apenas a viu chegar, disse-lhe:
- Apronte-se Sra. D. Joaquina, estamos em vésperas de separar-nos: este nobre fidalgo já me pediu a casa, depois mobília, agora criado; amanhã, provavelmente há de querer que eu lhe dê mulher, e como não tenho outra senão a senhora, e não há remédio senão servi-lo, apronte-se D. Joaquina, apronte-se!
O fidalgo saiu furioso e foi direto ao Príncipe Regente queixar-se da zombaria de que fora objeto; mas o desembargador Petra, interrogado pelo Príncipe, tais coisas disse as violências cessaram e o sistema de aposentadorias foi mais suavemente executado.
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