Como é chamado o ritual de passagem de perfuração do lábio inferior dos jovens indígenas Karajá, marca a/o: *
Kuary
Hetohoky
Puasö
coloquei de geografia mais é de ensino religioso
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qua, 26 de junho de 2019
Em fevereiro, uma equipe de reportagem viajou para a Amazônia, passando tempo com os Sateré-Mawé, documentando sua cultura e conflitos de longa data com empresas de mineração e grileiros. Esta série analisa as novas ameaças impostas aos grupos Sateré e indígenas em todo o Brasil, à medida que são ameaçados pelas políticas favoráveis aos ruralistas do presidente Jair Bolsonaro. A viagem foi financiada pelo Rainforest Journalism Fund em associação com o Pulitzer Center e o Mongabay.
Comunidade de Fortaleza, Pará, Brasil – A cerimônia começa na aldeia de Fortaleza, no Rio Andirá. Um ancião Sateré sopra a fumaça em luvas tecidas de palha, repletas de formigas tucandeira (Paraponera clavata), que podem medir até 2,5 centímetros de comprimento. Os insetos são conhecidos como “formigas-bala”, porque a dor da ferroada é comparável a um ferimento por arma de fogo, chegando a durar 18 horas, e frequentemente acompanhada de náuseas e vômitos.
O rito tem início com uma dúzia de participantes, todos homens jovens, dançando em círculo ao redor de uma cerca. Um a um, eles colocam as mãos nas luvas para serem picados por dezenas de tucandeiras. Um jovem se joga no chão, e mantém as mãos inchadas para cima. Ele tenta não expressar sua agonia, pois apenas aqueles que suportam a dor estoicamente são considerados aptos para serem líderes.
Leia também: Contra investida ruralista, os Sateré-Mawé defendem seu território e cultura
O ritual, conhecido como Waumat, é praticado pelos Sateré-Mawé há séculos. Mas esse rito de passagem agora adquire mais um significado, pois espera-se que esses jovens liderem seu povo na resistência a madeireiros ilegais, a grileiros e aos planos de desenvolvimento do governo de Jair Bolsonaro.
A pátria que esses guerreiros Sateré planejam defender é a Terra Indígena Andirá-Marau, que abrange 780 mil hectares, entre os estados do Amazonas e do Pará. Essa extensa reserva florestal faz fronteira com o Parque Nacional da Amazônia, com 1.066.000 hectares – criado em 1974 e depois imaginado como parte de um mosaico de áreas protegidas que serviriam como uma barreira para conter a exploração e a devastação da Floresta Amazônica.
Luvas especiais repletas de formigas tucandeiras. A ferroada é tão severa que a dor é comparável à de um projétil de revólver, e dura cerca de 18 horas. Com frequência é acompanhada de náusea e vômitos. Foto de Matheus Manfredini
Um antigo ritual fortalece a identidade cultural
Para esses jovens, o ritual de Waumat marca definitivamente a transição da infância para a idade adulta. Após a primeira experiência com as formigas, eles podem se casar e começar uma família, mas espera-se que passem pelo rito ao menos 20 vezes durante a vida. A cada cerimônia, dizem, eles saem mais fortes, mais preparados para defender sua cultura.
As garotas Sateré, depois da primeira menstruação, também cumprem um r