História, perguntado por pequenocolossusp, 11 meses atrás

Como é a saúde no comunismo?

Soluções para a tarefa

Respondido por washileysilvapcedm9
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A saúde é precária, não há hospitais com vagas, e até mesmo profissionais competentes que estejam usando os instrumentos medicinais adequados
Respondido por vitoriagomes08pd7657
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O “Saúde Comunista” é fruto da necessidade de se debater a questão da saúde a partir de uma análise marxista, esse site é organizado por militantes do partido comunista (PCB) para divulgar discussões e lutas no campo da saúde.

As desigualdades sociais inerentes a nosso sistema econômico se refletem com particular perversidade no processo de adoecimento e cura. A saúde é um tema bastante pertinente ao debate marxista por trazer à tona de forma clara as deformações causadas pelo capitalismo e as contradições de um sistema econômico que privilegia o lucro em detrimento à vida.

As políticas de privatização e precarização dos serviços públicos nas últimas duas décadas também tiveram implicações catastróficas na questão da assistência à saúde aprofundando ainda mais a desigualdade no acesso a esses serviços. Ou seja, sua análise torna evidente também os malefícios das políticas neoliberais na degradação dos serviços públicos.

A conjuntura atual na área da saúde é delicada; ao mesmo tempo que a saúde pública sofre constantes ataques devido ao sub-financiamento, precarização das condições de trabalho e incorporação da lógica privada através de fundações privadas na gestão de serviços públicos, o Estado repassa volumosas somas de recursos públicos ao setor privado, seja através de isenções e incentivos fiscais e perdão de dívidas dos planos de saúde, seja através de financiamento direto (compra de leitos privados pelo SUS e de insumos e medicação do complexo médico industrial).

Em paralelo a esse processo de desmonte do sistema público, há o crescimento sem precedentes dos serviços privados de saúde. Parcelas cada vez maiores da população tem acesso aos planos de saúde. Mas essa parcela da população também está longe de ter um acesso à saúde de qualidade. A expansão do número de usuários de planos privados de saúde e o surgimento de planos mais econômicos destinados a uma parcela mais precarizada do proletariado está se dando através de dois processos concomitantes: a diminuição da cobertura desses planos e o progressivo arrocho salarial aos profissionais da saúde (diminuição do valor pago por consulta e consequente diminuição do tempo por atendimento).

A busca incessante por ampliação dos lucros dos planos de saúde perpassa também por uma promíscua relação com o setor público, através de políticas de “dupla-porta” nos hospitais públicos e utilização da infra-estrutura dos serviços de saúde públicos pelo sistema privado. Além disso, o SUS participa do atendimento aos pacientes do setor privado de forma complementar aos planos de saúde, permitindo o acesso a serviços de saúde não cobertos pelos planos por serem muito dispendiosos e pouco lucrativos como cirurgias de alta complexidade e transplantes (95% dos transplantes são feitos pelo SUS).

A luta por saúde envolve, portanto, não só aqueles que dependem exclusivamente do SUS, mas é uma necessidade pulsante de toda a sociedade. O acesso a serviços de saúde com qualidade, agilidade e de forma gratuita e universal é uma bandeira extremamente atual para os brasileiros. O atual modelo é fonte de descontentamento e de constantes manifestações de repúdio, destacando-se até mesmo como um dos temas levantados pelas manifestações de rua que tomaram o Brasil em 2013.

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