Como é a estrutura corporal de um bivalve?
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Bivalvia é uma das classes do filo Mollusca. Bivalves são animais com o corpo protegido por uma concha que tem duas valvas. Em sua maioria são animais marinhos, mas também existem em ambientes de água doce. É dos bivalves que vem as pérolas. A água filtrada pelos moluscos traz impurezas, estas ficam presas entre o manto e a concha e é envolvida por secreção e após anos de acúmulo vira uma pérola.
Troca gasosa
A troca gasosa dos bivalves é feita por brânquias e também pelo manto. As brânquias dos bivalves são longos filamentos dobrados formando lamelas. A água entra pelo sifão (órgão que internaliza e externaliza água), pelos poros passa entre os filamentos da lamela e depois para uma câmara chamada supra branquial saindo do corpo.
Alimentação
Os bivalves são filtradores, se alimentam de partículas suspensas na água que entram pelo sifão e são direcionadas por cílios às brânquias para que a filtração seja feita. Após a filtração as partículas são direcionadas para os palpos labiais que as transportam para a boca. Algumas espécies se alimentam de madeira e são associadas a bactérias que fazem a digestão da celulose. Outras usam o sifão para procurar comida na areia. E ainda existem aquelas que sugam pequenos animais para dentro do manto.
Sistema Digestivo
O estômago dos filtradores tem várias dobras e o caminho todo ciliado. Há uma câmara digestiva que produz enzimas e as joga no estômago. Os bivalves fazem digestão intra e extracelular.
Sistema circulatório
O coração dos bivalves tem três câmaras, dois átrios e um ventrículo. Como a troca gasosa também é feita pelo manto, parte do sangue recebe sua oxigenação lá para depois voltar a o pulmão.
Sistema excretor
Os excretas dos bivalves são filtrados por dois rins. Os túbulos dos rins se abrem no pericárdio e também abre na câmara supra branquial.
Sistema nervoso
O sistema nervoso é composto por três gânglios conectados pelos nervos. Os órgãos sensoriais não são muito desenvolvidos. Alguns deles são células de percepção tátil, um olho em cada lado do manto, tentáculos e algumas células quimiorreceptoras.
Reprodução
Os gametas dos bivalves são acumulados na câmara suprabranquial para depois serem carregados para fora pelo fluxo de água para que ocorra a fecundação externa. O desenvolvimento é indireto, pois passa por estágio larvais de larva trocófora e véliger. Os bivalves de água doce geralmente têm fertilização interna. Os óvulos vão para os poros das brânquias onde são fertilizados. A larva desse processo se fixam em peixes vivendo como parasitas.
Sistemática
Os bivalves é composta por cinco ordens. Nuculida, Solemyida, Paleoheterodonta, Venroida e Myoida. Paleoheterodonta tem espécies marinhas e de água doce e Myoida tem espécies com sifões bem desenvolvidas para se enterrarem no substrato.
Os bivalves aparecem pela primeira vez no registo fóssil no final do Cambriano, há mais de 500 milhões de anos.
Estrutura corporal de um bivalve
A estrutura é a concha típica dos bivalves, que se divide em duas conchas ou válvulas, a direita e a esquerda, articuladas dorsalmente por uma dobradiça com um ligamento flexível. As válvulas são fechadas pela ação de um ou dois moluscos presos às suas faces internas.
Estes são constituídos por uma camada externa quitinosa, uma camada intermediária de calcita ou aragonita, e a camada interna é laminada, que, em algumas espécies, é madrepérola.
Essa estrutura corporal básica sofre várias modificações, assim como as ostras são fixas permanentemente num substrato (base sobre a qual um organismo vive) por uma concha e perdem o pé quando se desenvolvem. Os mexilhões são fixos ao substrato por meio do biso. As vieiras nadam fechando as suas válvulas. Alguns bivalves se enterram profundamente na areia ou na lama.
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