como é a biodiversidade da mata atlântica Brasileira?
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Resposta: Em relação à fauna, o bioma abriga, aproximadamente, 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes. Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, a Mata Atlântica fornece serviços ecossistêmicos essenciais para os 145 milhões de brasileiros que vivem nela.
Explicação:
Resposta:
A princípio, é preciso entender que a Biodiversidade (ou a diversidade biológica) é a variedade de ecossistemas, genes e espécies existentes no mundo ou num determinado habitat. Portanto, essa variedade é o resultado da natureza em si, sem intervenção humana, motivo pelo qual pode mudar conforme as diferentes regiões ecológicas.
Em suma, é a variedade de vida na Terra, incluindo a variedade genética e de espécies de fauna, flora, fungos microscópicos e micro-organismos.
Ecossistema é um conjunto de comunidades que vivem em um mesmo local e interagem entre si e com o meio ambiente. Assim, constituem um sistema equilibrado, estável e autossuficiente. Ou seja, uma floresta é um ecossistema por conter vários seres vivos interligados. Enfim, um ecossistema deve reunir 4 fatores:
1. Fatores abióticos: componentes básicos do ecossistema.
2. Seres autotróficos: plantas verdes que produzem seu próprio alimento.
3. Heterotróficos: seres (animais) que não produzem seu próprio alimento e se alimentam de outros.
4. Seres decompositores: alimentam-se de matéria morta.
Explicação:
Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil, em 1500, a Mata Atlântica cobria 15% do território brasileiro, área equivalente a 1.306.421 Km2. Distribuída ao longo da costa atlântica a Mata Atlântica é composta por um conjunto de ecossistemas, que incluem as faixas litorâneas do Atlântico, com seus manguezais e restingas, florestas de baixada e de encosta da Serra do Mar, florestas interioranas, as matas de araucárias e os campos de altitude. Nas regiões Sudeste e Sul chega a atingir a Argentina e o Paraguai.
Sua região de ocorrência original abrangia integralmente ou parcialmente mais de 3.000 municípios em atuais 17 estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
Atualmente, a Mata Atlântica está reduzida a 7,84% de sua área, com cerca de 102.000 Km2. É o segundo ecossistema mais ameaçado de extinção do mundo, perdendo apenas para as quase extintas florestas da ilha de Madagascar na costa da África.
Mesmo reduzida e muito fragmentada, a Mata Atlântica ainda abriga mais de 20 mil espécies de plantas, das quais 8 mil são endêmicas, ou seja, espécies que não existem em nenhum outro lugar do Planeta. É a floresta mais rica do mundo em diversidade de árvores. No sul da Bahia, foram identificadas 454 espécies distintas em um só hectare.
Comparada com a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica apresenta, proporcionalmente, maior diversidade biológica. Estima-se que no Bioma existam 1,6 milhão de espécies de animais, incluindo os insetos. No caso dos mamíferos, por exemplo, estão catalogadas 261 espécies, das quais 73 são endêmicas, contra 353 espécies catalogadas na Amazônia, apesar desta ser quatro vezes maior do que a área original da Mata Atlântica. Existem 620 espécies de aves, das quais 181 são endêmicas, os anfíbios somam 280 espécies, sendo 253 endêmicas, enquanto os répteis somam 200 espécies, das quais 60 são endêmicas.
Aproximadamente 120 milhões de pessoas vivem na área de domínio da Mata Atlântica. A qualidade de vida destes quase 70% da população brasileira depende da preservação dos remanescentes, os quais mantêm nascentes e fontes, regulando o fluxo dos mananciais d´água que abastecem as cidades e comunidades do interior, ajudam a regular o clima, a temperatura, a umidade, as chuvas, asseguram a fertilidade do solo e protegem escarpas e encostas de morros.
A situação crítica da Mata Atlântica fez com que a organização não-governamental Conservação Internacional (CI) incluísse o bioma entre os cinco primeiros colocados na lista de Hotspots, que identifica 25 biorregiões selecionadas em todo o mundo, consideradas as mais ricas em biodiversidade e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas. Na escolha de um Hotspot, considera-se que a biodiversidade não está uniformemente distribuída ao redor do planeta, ou seja, 60% das plantas e animais estão concentrados em apenas 1,4% da superfície terrestre. No Brasil, além da Mata Atlântica, também o Cerrado foi incluído na relação da CI.
A existência de espécies endêmicas, aquelas que são restritas a um ecossistema específico e, por conseqüência, mais vulneráveis à extinção, é o principal critério utilizado para escolher um Hotspot. Além disso, consideram-se os biomas onde mais de 75% da vegetação original já tenha sido destruída. Alguns desses biomas possuem menos de 8% de remanescentes em relação à sua área original, como é o caso da Mata Atlântica. Mesmo assim, o bioma contribui muito para que o Brasil seja o campeão em megadiversidade do mundo, ou seja, com maior quantidade de espécies de plantas e animais em relação a qualquer outro país.