História, perguntado por ster152736, 5 meses atrás

Como as doenças que mataram milhares nas Américas eram vistas pelos nativos?

Me ajudemm pfv


ster152736: Sim exatamente oq está lá

Soluções para a tarefa

Respondido por anacarolinapotter
1

Resposta:

Mais de 56 milhões de naturais do continente americano foram mortos durante cerca de 100 anos por colonos europeus, uma ação que fez com que grandes áreas agrícolas fossem abandonadas e reflorestadas o que teve implicações no clima, garantem investigadores da University College London

Colonos europeus mataram 56 milhões de indígenas ao longo de cerca de 100 anos nas Américas do Sul, Central e do Norte, fazendo com que grandes áreas agrícolas fossem abandonadas e reflorestadas, estimam os cientistas do University College London. O aumento de árvores e vegetação numa zona do tamanho da França resultou numa queda de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, segundo o estudo.

De acordo com este documento os níveis de carbono mudaram o suficiente para arrefecer a Terra em 1610, cerca de 200 anos depois de Colombo ter chegado à América (1492). "O CO2 e o clima estavam relativamente estáveis ​​até esse momento", salientou o professor de geografia da UCL, Mark Maslin, um dos coautores da investigação. "Esta é a primeira grande mudança que vemos nos gases do efeito estufa da Terra", acrescentou.

Antes deste estudo, alguns cientistas argumentavam que a mudança de temperatura detetada nos anos 1600, conhecida como Pequena Era do Gelo, foi provocada apenas por forças naturais. Mas combinando provas arqueológicas que foram sendo encontradas, dados históricos e análises de carbono encontradas no gelo da Antártida, os investigadores da UCL pretendem mostrar como o reflorestamento - diretamente provocado pela chegada dos europeus - foi um componente chave do frio global. "Pela primeira vez, conseguimos equilibrar todas as caixas e perceber que a única maneira de a Pequena Idade do Gelo ter sido tão intensa foi por causa do genocídio de milhões de pessoas", disse Maslin à CNN.

Para esta investigação foi analisado o gelo antártico, que retém o gás atmosférico e pode revelar quanto dióxido de carbono estava na atmosfera há séculos. "Os núcleos de gelo mostraram que houve uma queda maior de CO2 (do que o normal) em 1610, provocada pela terra e não pelos oceanos", frisou Alexander Koch, principal autor do estudo. Uma pequena mudança de temperatura - cerca de um décimo do grau no século 17 - levou a invernos mais frios, verões gelados e colheitas fracassadas, sublinhou.

As implicações do estudo vão além da ciência do clima e também contribuem para investigação nas áreas da geografia e história, recordou Maslin, dizendo que as mortes dos índios americanos contribuíram diretamente para o sucesso da economia europeia. Recursos naturais e alimentos enviados do Novo Mundo ajudaram a população da Europa a expandir-se. "O mais estranho é que o despovoamento das Américas pode ter inadvertidamente permitido que os europeus dominassem o mundo", disse Maslin, frisando: "Também permitiu a Revolução Industrial."

Perguntas interessantes