como as cidades se libertavam dos donos das terras onde eles surgiram
Soluções para a tarefa
As invasões germânicas e a progressiva ruralização do Império Romano a partir dos séculos IV e V transformaram o comércio europeu numa atividade econômica secundária em relação à agricultura. A insegurança e a tendência à auto-suficiência dos domínios senhoriais diminuíram o ritmo e a quantidade das trocas. As antigas cidades romanas que sobreviveram às invasões perderam sua função mercantil e manufatureira e permaneceram apenas com função religiosa de sede de bispado, ou política, abrigando a corte de reis e condes.
Nessa época de inicio da Idade Media, o comércio era realizado por mercadores "sirios", designação que incluía todos aqueles provenientes da parte oriental do antigo Império Romano que ia da Grécia ao Egito, incluindo os judeus. Esses mercadores comercializavam produtos exóticos de luxo, como especiarias, perfumes, tecidos finos, couros trabalhados, papiros azeite, tâmaras e figos.
No período carolíngio, surgiram mercadores europeus e cristãos que se dedicavam ao comercio de gêneros agrícolas e Produtos artesanais como cereais e objetos de madeira e de ferro. Existiam também os mercadores, servidores especializados dos reis, condes, bispos e abades que percorriam os domínios comprando e vendendo a produção excedente e negociando os artigos orientais.
O comercio regional na Europa Medieval deu origem aos "portus” localizados ao longo das vias fluviais, utilizadas por serem mais rápidas e seguras que as péssimas e mal-conservadas estradas, e às "feiras", encontros periódicos de produtores e mercadores realizados numa data fixa a cada ano. "A feira junto à abadia de Saint Denis realizava-se em outubro, após a vindima'' (Duby). A atividade comercial era vista com desconfiança, apesar de ser reconhecida como importante e necessária para os reis, os nobres e o povo em geral.