Como acabar com o terrorismo?
Soluções para a tarefa
Usar novas tecnologias
A segunda solução passa por ignorar o terrorismo. «Como é que se pode ignorar algo tão bárbaro?» perguntam alguns. Bem sei que pode parecer difícil, mas reparem: nós como espécie estamos mais do que habituados a ignorar as barbáries à nossa volta. Passamos por sem-abrigos enquanto comemos um Big Mac; não pensamos que enquanto estamos no rodízio brasileiro morre uma criança de fome, em África, a cada 30 segundos; entre tantas outras calamidades que para bem da nossa sanidade (e conforto), tendemos a não fazer notícia. O principal objetivo dos terroristas é, como está inerente no seu nome, espalhar o terror, e o terror só se espalha se lhe dermos importância. Bem sei que é difícil, mas imaginem um mundo em que após um atentado terrorista não havia nem uma única notícia de jornal, nenhum share de Facebook, nenhum tweet, nada. Ninguém falava disso. Ninguém. Nós nem chegávamos a saber que tinha acontecido. Agora imaginem que são terroristas, que estão meses a planear um atentado e que depois de rebentar uma bomba que mata centenas, ou despenhar um avião numas torre que mata milhares, depois desse planeamento de meses, com aquele friozinho na barriga e ansiedade que um gordo sente quando chega a Páscoa, imaginem não haver nenhuma notícia sobre o vosso feito maquiavélico! Estão bem a ver a desilusão dos terroristas! Ali, a percorrer o mural do Facebook, a fazer zapping, e a fazer refresh na página do Correio da Manhã, e nada! Nem uma menção! Ainda tentavam lançar eles a notícia, mas o pessoal pensava que eram sites com vírus e da teoria da conspiração e ninguém dava importância. Isto funcionava, juro. Ao início podia piorar as coisas, tal como quando ignoramos as namoradas que estão de trombas e nós sabemos que estão chateadas mas resolvemos agir como se tudo estivesse bem. Elas começam a fazer por mostrar cada vez mais que estão chateadas, mas se ignorarmos o tempo suficiente, a neura acaba por passar-lhes e volta tudo ao normal.
Fatura com NIF
Outra ideia que podia ajudar ao fim do terrorismo era obrigar todos os fabricantes de armas a passar fatura com NIF sempre que vendessem armas. Sim, porque não conheço grupos terroristas que saibam fazer armas e os fabricantes bélicos são umas prostitutas que dão o que têm a quem mostrar a nota. «Sim, senhor. Quer 1000 kalashnikovs? Faturinha, amigo? Ah, esqueça, agora tenho mesmo de passar, diga-me lá o NIF.» Assim, o fluxo de venda de armas ficava bem traçado e toda a gente sabia onde elas andavam e quem é que tinha vendido o quê a quem. Hoje também sabemos, mas preferimos fechar os olhos. Já sei que estão a pensar que os terroristas não iam dar o NIF certo mas eu também pensei nisso e tenho uma solução: a Fatura da Sorte Terrorista! Todas as semanas era sorteado um tanque blindado! Está feito, os terroristas não são diferentes dos portugueses, assim que lhes cheirar a coisas de borla começam logo a cumprir o seu dever cívico.