Geografia, perguntado por julyar, 11 meses atrás

Como a revolução industrial contribuiu para o aumento da população?​

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Respondido por bella1234567891011
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Resposta:

O aumento da necessidade da mão de obra e a diminuição dos trabalhadores no campo

Explicação:

Respondido por andreiafabianarocha
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O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO

O processo de urbanização, principalmente nos países em desenvolvimento, é uma das mais agressivas formas de relacionamento entre o homem e o meio ambiente. As cidades antigas eram menores, mais harmônicas e, mesmo quando erguidas em locais ambientalmente inadequados, agrediam menos o meio ambiente.

A partir da revolução industrial, o processo de crescimento das cidades se acelerou pelas duas razões já apontadas: a necessidade de mão-de-obra nas indústrias e a redução do número de trabalhadores no campo. A industrialização promoveu de modo simultâneo os dois eventos, um de atração pela cidade, outro de expulsão do campo. Antes da revolução industrial não havia nenhum país onde a população urbana predominasse. No começo deste século, apenas a Grã-Bretanha possuía a maior parte de sua população vivendo em cidades (Munford 1982). Pode-se afirmar que o Século XX é o século da urbanização, pois nele se acentuou o predomínio da cidade sobre o campo. Salvo regiões muito atrasadas, que permanecem com características nitidamente rurais, o processo de urbanização prossegue em marcha acelerada.

A idéia da fixação do homem no campo como forma de evitar o crescimento das cidades carece de realismo. As pessoas vão para o meio urbano em busca de oportunidades para melhorar a vida, de emprego, de escola, coisas que nem sempre são encontradas em pequenos povoados do interior. A cidade pode ser associada a uma unidade produtiva complexa, produzindo ampla variedade de bens e serviços, estando permanentemente em busca de economias de escala, e sempre exercendo forte atração sobre os seres humanos.

Do mesmo modo que muitas atividades econômicas superam as suas escalas econômicas de produção, as cidades que crescem desmesuradamente acabam por exceder o denominado "tamanho ideal" e, a partir daí, passam a impor problemas econômicos de escala a grande parte dos estabelecimentos industriais ou comerciais ali instalados. Esses problemas econômicos se fazem refletir nos custos de produção, na saturação dos sistemas de abastecimento d'água, no elevado tempo de viagem imposto aos trabalhadores, nos problemas de abastecimento causados por dificuldades no trânsito, nas restrições para resolver o problema dos rejeitos, e assim por diante.

No momento em que a cidade entra numa curva de perda das vantagens inicialmente oferecidas pelo processo industrial, o lógico seria iniciar a descentralização das atividades, buscando outras localidades mais vantajosas. Mas não é isso que ocorre. A cidade continua crescendo, assistindo inerte à degradação de seu meio ambiente e de sua qualidade de vida, como alguém que espera a morte sem qualquer reação. A descentralização só tem ocorrido muitos e muitos anos depois do completo inchamento e da considerável destruição do meio ambiente nos grandes centros urbanos.

O processo de urbanização raramente é induzido por alguma política governamental de forma ordenada. Ele se processa de modo descontrolado, forçando as cidades a abrigarem um número de pessoas superior à sua capacidade, o que dá origem a habitações subnormais, aos "sem-teto", à violência, à poluição e às periferias desassistidas que existem mesmo nas cidades mais ricas do mundo.

Em O Nosso Futuro Comum (1988), além de reflexões interessantes, são sugeridas algumas estratégias para controlar o desenvolvimento urbano:

I. Nada senão a coerção evitará o crescimento da cidade grande nos primeiros estágios de desenvolvimento;

II.  A chave de uma intervenção bem sucedida é o fato de ser oportuna, de modo a só estimular a descentralização quando começarem a rarear as vantagens da concentração;

III.  Devem-se evitar políticas que aumentem a atração pela cidade grande, em especial os subsídios à energia e aos alimentos, a provisão por demais generosa de infra-estrutura urbana e outros serviços, e a excessiva concentração de poder administrativo na capital;

IV.  A melhor maneira de estimular centros secundários é aproveitar as vantagens econômicas naturais de suas regiões, especialmente em termos de processamento e mercadologia de recursos, com o fornecimento descentralizado de serviços públicos;

V.  Os métodos e estratégias de desenvolvimento rural e urbano devem ser complementares, e não contraditórios. O desenvolvimento dos centros secundários visa o benefício econômico direto das áreas por eles servidas.

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