como a morte e vista pela religiao candomble?
Soluções para a tarefa
Resposta:
O candomblé não acredita que a morte é a finalização de uma vida, mas sim do ciclo aqui no Àiyé (Terra). Conforme o fundamento nas tradições africanas, após a morte física, o espírito é encaminhado ao ọ̀run (céu). Aqueles espíritos que não cumpriram seu destino é que estarão sujeitos à àtúnwa (reencarnação).
Explicação:
espero ter ajudado!!
O Candomblé não acredita que a morte é a finalização de uma vida, mas sim do ciclo aqui no Àiyé (Terra). Conforme o fundamento nas tradições africanas, após a morte física, o espírito é encaminhado ao ọ̀run (céu). Aqueles espíritos que não cumpriram seu destino é que estarão sujeitos à àtúnwa (reencarnação).
O professor e escritor José Beniste revela: "Assim como os demais grupos africanos, os yorubás creem que a morte não representa o fim da vida humana. Eles acreditam que seus antepassados vivem em espaços sagrados, denominados de "mẹ́sàn ọ̀run" (nove céus), e que eles retornam ao Àiyé, na mesma família como filho, neto ou bisneto. Essa criança receberá um orúkọ (nome) referente ao fato: Bàbátúndé (o pai voltou), Ìyátúndé (a mãe voltou), Bàbájídé (o pai que acordou e chegou), Ìyábọ̀ (a mãe retornou), Ọmọtúndé (a criança voltou de novo) entre outros."
O veterano Ogan Bángbàlà, que já realizou inúmeros Àṣèṣè (Axexê = ritual fúnebre que ocorre após a morte de um iniciado no Candomblé), esclarece que o Ẹ̀mi (espírito) pode retornar a Terra. "Segundo as nossas tradições, nós encaminhamos o espírito através do Àṣèṣè ao Ọ̀run, para que num futuro ele possa voltar ao Àiyé."
Outro conhecedor de Àṣèṣè, o Bajigan Ailton, corrobora com o professor Beniste e com o Ogan Bángbàlà. "Muitos dos nossos antepassados voltam para o Àiyé, por determinação de Olódùmarè. E muitos voltam na mesma família para ajuda-la a se desenvolver através de suas experiências."
Contrário ao ponto de vista de muitas tradições religiosas, que acreditam que este mundo é de dor e sofrimento, os yorubás consideram o Àiyé o melhor lugar para viver. Por esse motivo, a reencarnação de um ancestral (Òkú ọ̀run àgbagbà ou Ésà) é sempre festejada na celebração denominada de Yíya ọmọ (voltar a ser criança ou tornar a encarnar).
Além de toda a importância da reencarnação, os yorubás também prestam culto aos ancestrais por acreditar na força e proteção deles.
Ìyè kan ẹ̀bùn lati Olódùmarè! (A vida é um presente de Deus!)
Axé!