Como a História tradicional e conservadora trata a questão pós escravidão?
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Soluções para a tarefa
Resposta:
As visões da última geração de escravos brasileiros sobre seus planos e
destinos, após o 13 de maio, finalmente começam a emergir como um dos
problemas históricos cruciais na historiografia brasileira sobre o período.
Até a década de 1990, aproximadamente, apenas a marginalização dos libertos no mercado de trabalho pós-emancipação era enfatizada nas análises
historiográficas. Os últimos cativos e seu destino após a abolição atraíam
compaixão e simpatia, mas não pareciam apresentar maior potencial explicativo para a história do período. Com a abolição do cativeiro, os escravos pareciam ter saído das senzalas e da história, substituídos pela chegada
em massa de imigrantes europeus.
Apesar disto, inúmeros trabalhos se dedicaram a estudar os projetos
das elites a respeito dos libertos e da utilização dos chamados “nacionais
livres” como mão-de-obra. Detalhes sobre diagnósticos e projetos de construção nacional, produzidos por elites invariavelmente conservadoras, pautaram por muito tempo a discussão historiográfica sobre o período pósemancipação.1
Melhor dizendo, o pós-abolição como questão específica se
diluía na discussão sobre o que fazer com o “povo brasileiro” e a famosa
“questão social”.
Não é nossa intenção desqualificar a importância da análise dos projetos dominantes, que são vários e multifacetados e nos ajudam na compreensão dos projetos de Brasil em debate no cenário político a partir da
perspectiva do fim da escravidão. Nossa intenção é tentar demonstrar até
que ponto estes projetos estiveram informados por um conhecimento pragmático das elites agrárias sobre as expectativas dos últimos libertos