História, perguntado por junio94, 11 meses atrás

Como a Alemanha estava antes da segunda guerra mundial

Soluções para a tarefa

Respondido por raffaellytop0112
4
A derrota da Alemanha na I Guerra Mundial favorece o surgimento do nazismo em 1933. As potências ocidentais permitem o crescimento nazista como forma de bloqueio à URSS e ao avanço do comunismo sobre a Europa. Em 1935, a Alemanha reinicia a produção de armamentos e restabelece o serviço militar obrigatório, em desrespeito ao Tratado de Versalhes. 
http://br.geocities.com/vinicrashbr/hist... 
Sob o controle ditatorial, Hitler deu início a grandes mudanças econômicas. Há uma certa controvérsia sobre os aspectos econômicos do governo de Hitler, pois nem todas as suas medidas foram saudáveis a médio e longo prazo. As políticas econômicas do governo de Bruning, cautelosas e fiscalistas, vinham sanando as finanças e organizando o Estado alemão nesse aspecto. Hitler, ao contrário, pôs em prática um largo programa de intervencionismo econômico, baseado no keynesianismo, embora se distanciasse deste em muitos pontos. 

O desemprego na Alemanha de 1933 era de aproximadamente 6 milhões. Esse número diminuiu para 300.000 em 1939. Essa diminuição fabulosa, no entanto, ocorreu por diversos motivos, como alterações estatísticas e projetos governamentais: 

- As mulheres deixaram de ser contadas como desempregadas a partir de 1933 
- Judeus, a partir de 1935, perderam a condição de cidadãos do Reich, não contando mais como desempregados 
- Mulheres jovens que se casavam eram excluídas dos cálculos. 
- Ao desempregado eram dadas duas opções: ou trabalhar para o governo sob baixíssimos salários ou permanecer segregado da esfera governamental, longe de todas as suas obrigações, mas também vantagens, como saúde, lazer, etc. 
- As convocações para o exército começaram a se acelerar. Até 1939, 1,4 milhões de alemães haviam sido convocados. Para armar esse contigente, a produção industrial aumentou e a procura por mão-de-obra aumentou também. 
- Criação da Frente Alemã de Trabalho, dirigida por Robert Ley, que pôs em prática programas governamentais de trabalho que absorveram boa parte da mão-de-obra disponível, ora empregando-a no melhoramento da infra-estrutura do país, ora nas indústrias e na produção bélica. 

Essa medidas ocorreram a custa de pesadíssimos investimentos por parte do Estado, comprometendo a longo prazo as finanças. O que se viu, em conseqüência disso, foi um déficit crescente. De 1928 até 1939, a arrecadação do Estado havia subido de 10 bilhões de Reichsmarks para 15 bilhões, no entando os gastos, no mesmo período, subiram de 12 bilhões de Reichsmarks para 30 bilhões. Em 1939, o déficit acumulado era de 40 bilhões de Reichsmarks. 

A inflação, nesse periodo, cresceu tanto que em 1936 foi decretado o congelamento de preços. O governo alemão foi incapaz de lidar com o controle de preços e sua interferência constante apenas engessou a economia e dificultou o aumento gradual e equilibrado da produção. A partir de 1936, o dirigismo econômico passou, gradualmente, a substituir a adaptação automática da produção pelo mercado, de maneira que a regulamentação econômica passou a ser maior. 

Os planos ecomômicos alemães, tanto de Schacht quanto de Göring, era de tornar a Alemanha autosuficiente na indústria para que ela pudesse sobreviver à guerra e aos bloqueios britânicos. Essas metas, no entanto, não foram cumpridas e em 1939 a Alemanha não estava plenamente recuperada. Os dados demonstram como a Alemanha estava quando iniciou a guerra: 

* A Alemanha ainda importava 33% de matérias-primas necessárias. 
* O déficit acumulado era de 40 bilhões de Reichsmarks. 
* A Balança Comercial atestava um déficit de 100 milhões de Reichsmarks 
* O desemprego estava virtualmente suprimido 
* Consumo anual de alimentos, em 1937, havia diminuído em pão de trigo, carne, bacin, leite, ovos, peixes, açucar, frutas tropicais e cerveja, comparando-se com os dados de 1927. Só houve aumento de consumo em pão de centeio, queijo e batata. 
* O valor real dos salários, em 1938, era praticamente o mesmo de 1928. 

A existência simultânea de germanismo e nazismo na década de 1930 pode ser caracterizada, em resumo, da seguinte maneira: o germanismo experimentou um reavivamento com o suposto reerguimento da "pátria-mãe" e manifestou, quase sem exceção, simpatias pelo regime na Alemanha. Aqueles membros do Partido Nazista que destacavam sobretudo a variável étnico-cultural do nazismo conviviam nas instituições germanistas, como, muitas vezes, tinham vivido antes da ascensão dos nazistas ao poder. Representantes típicos dessa ala do partido foram os pastores luteranos. Aqueles membros do partido que, no entanto, destacavam no nazismo sobretudo seu aspecto político, seu fator de poder, entravam normalmente em conflito com as instituições germanistas e com os germanistas. E por isso que na documentação produzida por nazistas no Brasil se encontram muito frequentemente referências ao fato de que em sua vida social se afastaram da "colónia alemã" e procuraram estabelecer uma convivência mais intensa com "círculos puramente brasileiros". 
Perguntas interessantes