Filosofia, perguntado por go5125872, 7 meses atrás

Comente sobre os mitos do século 21​

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Respondido por msilvera651
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Resposta:Mito, em grego, significa narrar, contar. No sentido figurado pode significar coisa inacreditável. Mito significa, também, personagem divinizado.

Um dos maiores expoentes de mitologia que nós temos, sem dúvidas, é a Mitologia Grega. A mitologia grega estabelecia uma conexão íntima com a natureza e seus fenômenos, através da tentativa de explicar a existência da vida e entender melhor o mundo. Suas divindades eram antropomorfizadas, isso quer dizer que adquiriam características, atitudes e aparência igual à dos humanos.

A partir de certos avanços sociais e desenvolvimento humano, como a criação da democracia e a publicidade das leis, a utilização do mito para explicação foi questionada e substituída por uma forma crítica, racional e sistemática de pensar o mundo. Nós conhecemos essa nova forma de pensar como Filosofia.

A Filosofia Ocidental foi criada na Grécia Antiga, no século VI a.C, desde então, se dedica a responder de forma racional e embasada as questões que tangem a existência, a natureza e o universo. Algumas dúzias de séculos mais tarde, após o imensurável desenvolvimento filosófico e científico, cá estamos, no Brasil do século XXI, questionando a legitimidade da filosofia e a sua existência. Quando não há valorização da filosofia e da racionalidade, quando não há razão, surge um terreno fértil para o retorno da mitologia e a criação de mitos. E é sobre isso que eu gostaria de discutir hoje, sejam bem-vindos à mitologia brasileira do século XXI.

A filosofia surgiu na Grécia como base de sua Paideia (educação), para se contrapor à autoridade das narrativas míticas que predominaram por muito tempo na Grécia. No Brasil, atualmente, esse movimento parece estar tomando um rumo contrário, parece estar às avessas. Através do menosprezo pela Filosofia e pela racionalidade, o que está ganhando espaço é a narrativa mítica e suas explicações simplistas e desprovidas de embasamento, assim como a divinização de seus personagens e expoentes principais.

Rapidamente, o movimento ficou conhecido como “anti-intelectual”, que, originalmente, se refere ao sentimento de hostilidade em relação a intelectuais e seus objetos de pesquisa, tal como ataques aos méritos da ciência, educação, arte ou literatura. Ao descreditar os intelectuais e expoentes da ciência e da filosofia, automaticamente, seus objetos de pesquisa e estudo perdem a importância no senso comum, estruturando, assim, o movimento anti-intelectual.

Essa estratégia de hostilidade, historicamente, tem se mostrado eficaz. Em movimentos políticos estadunidenses essa prática é muito comum. O macarthismo (ato de formular acusações e fazer insinuações sem prova, liderado pelo senador Joseph McCarthy em 1950) é um ótimo exemplo. Motivado pela Guerra Fria e por razões eleitorais, McCarthy descreditou e e perseguiu seus adversários políticos, artistas, professores e escritores através da difamação e de acusações sem embasamento, e foi muito bem sucedido.

No Brasil, o precursor dessa estratégia e líder do movimento anti-intelectual é Olavo de Carvalho. Astrólogo por formação, Olavo propagou a estratégia de hostilidade para ganhar debates, com o intuito de diminuir seu oponente e descreditar suas ideias. Alem disso, ele defende abertamente bandeiras anti-intelectuais e pseudocientíficas, como o movimento terraplanista e o movimento anti-vacina.

Olavo, infelizmente, não pode se considerar filósofo, nem academicamente (por não possuir formação na área), nem no sentido original da criação da filosofia na Grécia Antiga, pois não propõe questionamentos racionais nem embasados. Na verdade, ele exerce o contrário, cria conspirações dogmáticas para explicar os fenômenos da natureza e da humanidade que ele não entende. Isso não é filosofia, é mitologia.

Ao descreditar seus adversários políticos e ideológicos, o astrólogo e seus seguidores advogam a serviço da irracionalidade, contra o método científico e contra a filosofia, assim, tomam para si toda a autoridade da narrativa mítica e se tornam convincentes através do uso da estratégia de hostilização. Desta forma, o desenvolvimento da narrativa mítica ganha espaço na sociedade brasileira, e conta com muitos adeptos.

No entanto, assim como na Grécia Antiga, não estamos totalmente induzidos ao pensamento mítico e às suas consequências. Ainda temos a oportunidade de reverter o retrocesso e retomar o apreço às bases filosóficas e científicas. Não obstante, o único caminho para concretizar isso é a valorização da educação. Somente através da razão, da filosofia e do letramento crítico poderemos combater a narrativa mítica e o cenário distópico no qual estamos inseridos.

Explicação:

Respondido por espanguerogabriel
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Resposta:

mitos que sem mentem

Explicação:

e vc mente para sua mae

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