Comente sobre a fome, doenças e conflitos na africa
Ainda que no continente se situem mais de 60% das bacias hidrográficas, a falta de cooperação limita o aproveitamento. A situação é agravada com a contaminação de recursos, mudanças climatéricas, desertificação, cheias e erosão.
Segundo a OMS e a Unicef, todos os dias morrem 4.500 crianças no mundo devido à falta de acesso a água potável e à ausência de saneamento básico, que causam diarréias e doenças infecciosas.
A escassez de alimentos e falta de água são também agravadas pela instabilidade política em vários países do continente (que registra o maior número de conflitos no mundo). As guerras levam à fuga das populações rurais, deixando um grande número de refugiados e causando o abandono de investimentos que seriam necessários.
Soluções para a tarefa
Cidade da Praia, 6 dez (Lusa) - Condições de clima adversas, fome, conflitos e doenças fazem da África a região mais pobre do planeta, apesar de petróleo, matérias-primas e bons níveis de crescimento atuais.Considerado o berço da civilização, o continente africano convive com um clima hostil, visível em secas prolongadas em alguns países e chuvas em excesso em outros, tornando muitas zonas do continente dependentes de ajuda externa.Exemplos da fome na África foram as crises na Etiópia, entre 1983 e 1985, quando milhares de pessoas morreram devido a uma seca prolongada, e, na mesma época, no Sudão, onde cerca de 250 mil pessoas morreram por falta de alimentos. Mais recentemente, a vítima foi Uganda.A fome na África não é coisa do passado. Números da ONU indicam que atualmente 200 milhões de africanos sofrem com a fome e estão na África 16 dos 18 países pior alimentados do mundo.Cheias, secas, erosão do solo, falta de meios e de técnicas (três quartos das terras são cultivadas sem fertilizantes e sementes melhoradas), mas também instabilidade política e conflitos (e a conseqüente fuga da população) levam às constantes crises humanitárias, ainda que todos os relatórios internacionais indiquem hoje um aceleramento da economia africana.
As consequências vieram anos à frente: escassez de gêneros agrícolas, práticas agrícolas agressivas ao solo, desmatamento, subnutrição, fome, cidades não-planejadas, disseminação de doenças devido à falta (em alguns casos) de saneamento básico, conflitos de povos rivais, conflitos pela posse de áreas economicamente valiosas.
As necessidades europeias duraram enquanto estes países estavam sob seu domínio. Após saírem, o estrago já estava feito. E, atualmente, o que se vê é um continente marginalizado (mundialmente falando) e degradado. Não há interesse em resolver seus problemas, exceto, quando os problemas africanos ameaçam a segurança mundial (epidemias, etc...)
Muitas das doenças que afligem o continente poderiam ser reduzidas com melhores condições sanitárias, já que mais de 40% dos africanos não dispõe de água potável e condições sanitárias adequadas. A água tratada representa de 3% a 5% do total da água consumida no continente.