comente acerca da diferença entre o sujeito oculto e o sujeito indeterminado dentro de uma pespectiva de estudo por frases isoladas e de estudo por orações contextualizadas. O uso da terceira pessoa do plural será sempre indeterminado como diz a regra?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Quando o sujeito for um destes pronomes: eu, tu, ele, ela, você, nós ou vós, não surgindo na oração. Por exemplo:
Gosto de estudar. (Sujeito oculto: eu)
Aplicaremos os exames excepcionalmente em outubro. (Sujeito oculto: nós)
Quando o sujeito não aparecer escrito na oração do verbo em questão, mas surgir claramente em oração anterior. Por exemplo:
Você sempre diz que é sincero. Parece-me, no entanto, que mentiu para todos nós.
Nessa última frase, há quatro verbos: dizer, ser, parecer e mentir. Dois deles têm sujeito oculto: ser e mentir. Vejamos:
O sujeito do verbo dizer é simples, pois aparece escrito na oração em que o verbo dizer está: você.
O sujeito do verbo ser é oculto, pois não aparece escrito na oração em que o verbo ser está (que é sincero), mas surge claramente na oração anterior: Você sempre diz que você é sincero.
O sujeito de parecer é a oração que mentiu para todos nós: O que é que parece? Resposta: que mentiu para todos nós.
O sujeito de mentir é novamente oculto, pois não aparece escrito na oração em que o verbo mentir está (que mentiu para todos nós), mas surge claramente em oração anterior: Parece-me que você mentiu para todos nós.
Quando o verbo estiver no modo imperativo, que é o modo que indica ordem, pedido, conselho, apelo.
Há duas exceções: os verbos bastar e chegar, acompanhados da preposição de, são impessoais, ou seja, não têm sujeito; por isso devem ser conjugados na terceira pessoa do singular.
– Rapazes, chega de conversa. (Verbo impessoal; oração sem sujeito)
– Meninas, basta de fofocas. (Verbo impessoal; oração sem sujeito)
Todos os outros verbos no imperativo têm sujeito oculto: tu, você, nós, vós e vocês.
– Rapaz, estuda! (Sujeito oculto: tu)
– Rapaz, estude! (Sujeito oculto: você)
– Rapazes, estudemos! (Sujeito oculto: nós)
– Rapazes, estudai! (Sujeito oculto: vós)
– Rapazes, estudem! (Sujeito oculto: vocês)
Sujeito indeterminado
O sujeito se classificará como indeterminado em duas ocasiões:
Quando o verbo estiver na terceira pessoa do plural, nos modos indicativo ou subjuntivo (se estiver no imperativo, o sujeito será oculto, vocês), sem aparecer o sujeito escrito na oração nem em orações anteriores. Por exemplo:
– Instalaram vários sinaleiros em Londrina, nas últimas semanas. (Sujeito indeterminado, pois não está claro quem instalou os sinaleiros)
– Deixaram um pacote para você na recepção. (Sujeito indeterminado, pois não está claro quem deixou o pacote)
Quando o verbo for acompanhado do pronome se, que será denominado de índice de indeterminação do sujeito, nas seguintes ocasiões:
Pronome se acompanhando verbo sem complemento algum (o verbo será denominado de verbo intransitivo):
– Morre-se de Aids!
O pronome se é índice de indeterminação do sujeito, pois o verbo morrer não tem complemento: Quem morre, morre. O verbo morrer é, portanto, intransitivo. O sujeito é, então, indeterminado.
Pronome se acompanhando verbo com preposição.
– Precisa-se de coragem para enfrentar o mercado de trabalho hoje em dia!
O pronome se é índice de indeterminação do sujeito, pois o verbo precisar exige a preposição de: Quem precisa, precisa de algo. O verbo que exige preposição é denominado de verbo transitivo indireto. O sujeito é, então, indeterminado.
Pronome se acompanhando verbo que indica qualidade do sujeito (o verbo será denominado de verbo de ligação, e a qualidade, de predicativo do sujeito):
– Aqui se é feliz!
O pronome se é índice de indeterminação do sujeito, pois o verbo ser indica qualidade do sujeito: Alguém é feliz. O verbo ser é, portanto, verbo de ligação, e feliz, predicativo do sujeito. O sujeito é, então, indeterminado.
Obs.: Cuidado com o pronome se, pois há uma ocasião especialíssima em que ele será denominado de partícula apassivadora: quando ele acompanhar verbo com termo paciente, sem preposição, que será o sujeito da oração. Como o termo paciente é o sujeito do verbo, este deverá concordar com aquele. O verbo será denominado de transitivo direto. Veja um exemplo:
– No mundo contemporâneo, busca-se a riqueza, enquanto se deveriam buscar os valores.
O pronome se, em ambas as orações, é partícula apassivadora, pois acompanha verbo com termo paciente, sem preposição alguma – Quem busca, busca algo (verbo transitivo direto). O termo paciente da primeira oração é a riqueza (a riqueza é buscada); o da segunda oração é os valores (os valores deveriam ser buscados). Como, na segunda oração, o sujeito está no plural, a locução verbal deveriam buscar também fica no plural.
Explicação: