Comente a respeito do instituto historico e geografico de Minas gerais eo de Sao paulo,indique ano de fundaçao ,quem os integrava e as principais perspectivas ou visoes da historia que criaram ,o que valorizaram ,qual mito criaram?
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-Estiveram
envolvidos na fundação do IHGMG os doutores Augusto de Lima, Prado Lopes, João
Luiz Alves, Francisco Alves Júnior, Cel. Francisco Bressane, Olinto Meireles,
Estevam Pinto, Pedro Sigaud, Major João Líbano Soares, Rodolfo Jacob e o
Coronel Júlio César Pinto Coelho.
A
instalação solene ocorreu em 15 de agosto de 1907, no salão da Câmara dos
Deputados, situada na Av. Afonso Pena esquina de Rua da Bahia, sob a
presidência do Dr. João Pinheiro e secretariado pelo senhor Max Fleiuss,
Presidente do IHGB. O IHGMG, em sua fundação, foi marcadamente republicano,
criado em um regime fortemente federalista, e como uma instituição local,
defendia uma proeminência de Minas em relação aos demais membros da Federação.
Embora a instituição tivesse essa ligação com a República, havia importantes
membros que ainda traziam consigo as tradições monárquicas.
O
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais tem como objetivos:
investigar, coligir, metodizar, publicar ou arquivar os documentos concernentes
à história e à geografia de Minas Gerais, e à arqueologia, etnografia e língua
de seus indígenas; manter correspondência com as sociedades e academias
estrangeiras de igual natureza, bem como as associações congêneres existentes
na Capital Federal e nos diversos estados da República, para mais fácil
desempenho dos fins a que se propõe; publicar, uma ou mais vezes por ano, uma
revista, na qual se conterão os seus trabalhos (atas das sessões, discursos do
presidente e do orador, relatório do 1.º secretario, lista dos sócios, estudos
e artigos, etc).
O
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, inaugurado no ano de 1894, foi
um dos mais importantes espaços de formulação ideológica das elites
intelectuais paulistas, na virada do século XIX.
Protetores
da memória paulista. Defensores das tradições da civilização bandeirante,
moldada pelo esforço da raça heroica que se forjou ao longo dos séculos no
planalto de Piratininga. Estas seriam as palavras de apresentação que
certamente agradariam ao seleto grupo de intelectuais polígrafos fundadores do
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, na capital do Estado, no ocaso
do século XIX. O patrimônio, que é o próprio passado ressignificado – material
ou não –, atuante sobre a memória coletiva, tornou-se um importante componente
do processo de construção de uma identidade regional, nas revistas do Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo.
Nesse
sentido, seus associados interpretavam o tempo transcorrido como testemunho de uma
época, que ao tomar as mais diversas formas materiais –, resquícios
arqueológicos ou etnográficos, monumentos, ou até corpos exumados –, tornava
visível e palpável o que era, antes de tudo, desejo, conceito e abstração
direcionados à interpretação do passado.
É esta valorização da história, acima dos
interesses individuais, que justificava a preservação do templo por meio da
palavra – uma vez que o prédio em si estava condenado de forma irremediável –,
como uma testemunha do passado paulista que os sócios do IHGSP queriam heroicos
e exemplares. Nota-se, então, claramente, o caráter específico que esta noção
de patrimônio comportava: o bem preservado deveria representar um ideal mais
alto de sociedade e de civilização, para que os homens e as ações do passado
inspirassem o presente, em um processo de continuidade que direcionaria e
inspiraria a sociedade no futuro. A preservação da história deveria, portanto,
servir como ligação entre os bandeirantes do passado e seus autointitulados
descendentes, que por meio das homenagens e das ações de rememoração manteriam
viva a chama da epopeia paulista.
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