Com o suicidio de Getulio
Vargas em 1954, o que aconteceu financeiramente com o Brasil?
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O segundo governo Vargas foi o período da República em que o Brasil foi governado por Getúlio Vargas de maneira democrática. Isso se deu quando ele foi eleito presidente do Brasil durante a eleição de 1950. Esse segundo governo ficou marcado por uma grande tensão política e social e também por um fim trágico: o suicídio do presidente, em 1954.
Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no peito na madrugada de 24 de agosto de 1954, após ter sido informado de que os Altos Comandos Militares exigiam o seu licenciamento do cargo de presidente da República como condição para a solução da crise política em que seu governo se viu envolvido nos últimos anos de seu segundo mandato.
Essa crise fora agravada com o atentado do dia 5 de agosto, na rua Toneleiros, na capital do Rio de Janeiro. Perpetrado contra o jornalista Carlos Lacerda, nele morreu o major da Aeronáutica Rubens Vaz. Mas teve a participação de membros da guarda pessoal de Vargas.
A perplexidade com o suicídio tomou conta do Brasil. Escolas liberaram os alunos, o comércio fechou e as fábricas desligaram as máquinas. As pessoas caminhavam tontas pelas ruas. Getúlio Vargas estava morto.
Era o desfecho sangrento do drama que o país acompanhava pelo rádio e diante das bancas de jornais. Impotentes para reagir, as multidões dispersas pelas ameaças voltavam a se formar a alguns metros adiante para chorar.
A auto-imolação do presidente impediu que os conspiradores da direita completassem o golpe.
O dia 24 de agosto passou a ser data de luto popular e também dia significativo do nacionalismo brasileiro, profetizado pela Carta Testamento. A mensagem final de Vargas sinalizava caminhos para o Brasil encontrar-se com sua soberania, com o desenvolvimento e com o equilíbrio social.
Getúlio foi, pelo tempo que governou (19 anos) e pela obra deixada (legislação trabalhista, montagem do Estado Nacional, indústria de base...), um dos mais importantes estadistas brasileiros. Foi chamado de Pai dos Pobres, O Chefe, O Homem. Sua carta-testamento, na qual dá suas razões para o gesto extremo, é um dos mais conhecidos documentos históricos.
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