Com base no conteúdo estudado e no texto de Celso Lafer Explique o que é uma conduta republicana
me ajudem por favor, é pra amanhã!!
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Resposta:
No entanto, pouco se fala sobre a devida conduta ética republicana - afirmação do espírito público que se fortalece pelas conquistas utópicas originárias de nosso vínculo comum de humanidade- descrito pelas atitudes, comportamentos elementares daqueles que exercem a política como fundação da convivência.
Explicação:
->resumo de Celso Lafer
O conhecimento está ao nosso alcance. O reconhecimento não. É algo a que podemos aspirar mas que não nos cabe reivindicar. É um dom, um prêmio que nos é conferido pelos outros na pluralidade da condição humana. Assim se manifestou Hannah Arendt em 1969 ao receber a Medalha Emerson-Thoreau da Academia Americana de Artes e Ciências, discorrendo tanto sobre a distinção que lhe era conferida quanto sobre o significado da sua integração nos quadros de uma instituição cultural de reconhecida importância pela qual tinha o maior respeito. Acrescentou que, se era bom ser reconhecida ainda melhor era ser bem-vinda, pois a escolha, somada ao reconhecimento, representava um galardão especial que estava recebendo de ilustres pares do mundo das artes e das ciências.
Recorro à sabedoria da lição de Hannah Arendt, que tanto inspirou o meu percurso, para agradecer aos acadêmicos, agora, para minha satisfação, confrades da Academia Brasileira de Letras, a generosidade ímpar com a qual, com tanta simpatia, acolheram-me para suceder a Miguel Reale na cadeira 14. Permito-me agradecer a todos na pessoa do Acadêmico Alberto Venancio Filho - querido amigo, parceiro de pesquisas e de compartilhados interesses intelectuais, cujo discurso de recepção estará permeado pela largueza da boa-vontade de quem, no correr dos anos, afetuosamente estimulou a possibilidade do meu ingresso na Casa de Machado de Assis.
“Sedis animi est in memoria” - a sede da alma está na memória - é uma afirmação de Santo Agostinho. Desta afirmação vou valer-me como orientação na procura que ora enceto da memória e, por isso mesmo, do espírito da cadeira 14 que estou assumindo.
- II -
Franklin Távora é o patrono da cadeira 14. Devo o meu primeiro contato com o significado da sua obra à leitura, em 1959, de Formação da Literatura Brasileira de Antonio Candido. Neste livro, marco da cultura nacional, Antonio Candido realça a importância do projeto estético proposto no prefácio de O Cabeleira publicado em 1876, de um romance de feitio original, no qual o senso da terra, que condiciona estreitamente a vida do Nordeste e o conhecimento da História da região e do seu papel na vida brasileira, seriam os grandes e poderosos estímulos da criação literária.
Octavio Paz, refletindo sobre as nossas literaturas na América Espanhola e Portuguesa, qualificou-as de literaturas de fundação. São uma resposta dos americanos à concepção utópica européia de um mundo novo instigado pelo concreto da realidade. Representam a procura de uma tradição que, no seu processo criativo a inventa, resgatando e inovando uma realidade.
Antonio Candido - de quem tive o privilégio de ser aluno de Teoria Literária na USP e cuja amizade reputo “um dos bens da minha vida” para valer-me das palavras de Fernando de Azevedo, um dos meus ilustres antecessores na cadeira 14 - - aponta que o projeto de tradição proposto por Franklin Távora é uma faceta da formação da literatura brasileira que se revelou fecunda no tempo. Desdobrou-se na alta qualidade do romance do Nordeste do século XX e integrou-se na tradição cultural desta Casa que acolheu entre seus membros, José Américo de Almeida, José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e incorporou este ano Graciliano Ramos, por via da transcriação cinematográfica de Nelson Pereira dos Santos.
Franklin Távora é um dos muitos epígonos da Escola do Recife - do “bando de idéias novas” que agitou o país no dizer de Silvio Romero e que emanou da sua Faculdade de Direito. Representou, na vida brasileira, um renovador movimento intelectual, vigoroso e crítico, com identidade própria, que perdurou além da geração de seus iniciadores. A este movimento, Miguel Reale dedicou numerosos e significativos estudos com especial atenção para a obra de Tobias Barreto, na qual identificou as origens do culturalismo no Brasil.
Clovis Bevilacqua, o acadêmico-fundador da cadeira 14 é um dos eminentes filhos da Escola do Recife e foram as afinidades da Escola e da mentalidade que o levaram a escolher o patrono da Cadeira. Os caminhos do acadêmico-fundador no horizonte aberto pela Escola do Recife foram, no entanto, distintos dos do patrono da cadeira. No seu livro Juristas Philosophos de 1897, diz Clovis que Tobias Barreto, ao perfilhar a orientação de Jhering, influiu “na mentalidade brasileira precipuamente como transformador da concepção do direito”.
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Resposta:No entanto, pouco se fala sobre a devida conduta ética republicana - afirmação do espírito público que se fortalece pelas conquistas utópicas originárias de nosso vínculo comum de humanidade- descrito pelas atitudes, comportamentos elementares daqueles que exercem a política como fundação da convivência.
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